… recepção “mista” por parte da comunidade, por causa da adição de um botão de doação para auxiliar na arrecadação de fundos para o projeto! Infelizmente, muitos parecem ter dificuldades para entender que o Software Livre não quer dizer software grátis. Até mesmo Richard Stallman (fundador do Projeto GNU) deixou isto bem claro, ao se referir ao termo “free” como a liberdade de expressão proporcionada pelo Software Livre e não “cerveja grátis”. Ainda assim, o acesso (geralmente gratuito) ao programa continua sendo um dos principais requisitos pelo qual, muitos colaboradores se interessam pelos projetos de código aberto…
“Dash to Panel is one of the most popular GNOME extensions, with over 4 million downloads – for good reason. It brings things back to normal for many GNOME users, giving them a permanent, highly customizable dock. In fact, it’s often one of the first things people install right after setting up their OS. But now, Dash to Panel users have a real reason to worry. Just three days ago, a concerning message popped up on the developer’s GitHub account…”
— by Linuxiac.
O Dash to Panel é uma extensão popular do GNOME, com mais de 4 milhões de downloads, que oferece aos usuários um dock fixo e personalizável para melhorar a experiência no desktop. Recentemente, o desenvolvedor lançou uma atualização para suportar o GNOME 48, incluindo um botão de doação na barra para incentivar o apoio ao desenvolvimento contínuo. Porém, esta adição foi imediatamente criticada pelos usuários que consideraram a abordagem “muito agressiva”, apesar da opção de removê-la facilmente. Em resposta às críticas, o desenvolvedor Charles Gagnon removeu o botão de doação em uma atualização posterior.
Pouco depois, Gagnon anunciou sua decisão de deixar o projeto, convidando os interessados a assumirem o desenvolvimento da extensão. Essa saída repentina gerou preocupações sobre o futuro da manutenção e do desenvolvimento do Dash to Panel, já que a extensão é amplamente utilizada. Além disso, essa situação destaca um problema comum na comunidade de código aberto: desenvolvedores dedicam tempo e esforço sem remuneração para manter projetos usados por milhares de pessoas. A polêmica em torno do botão de doação evidencia os desafios que esses programadores enfrentam ao buscar apoio financeiro e reacende o debate sobre as expectativas dos usuários em relação ao financiamento de projetos de código aberto.
Para os críticos que ainda acreditam que o Software Livre e a gratuidade são duas entidades ligadas de forma intríseca, eis outra informação importante: a maior parte dos colaboradores são pagos para trabalhar nos projetos de código aberto (embora não tenha um número exato da sua representação). Em geral, muitos deles são funcionários contratados por empresas que necessitam de certos recursos e funcionalidades sejam integrados ao projeto desejado, ao passo que outros são mantidos apenas para garantir que os projetos de sua responsabilidade continuem ativos e não raro, eles trabalham lado a lado com a comunidade que se forma em torno do projeto, para alcançar estes objetivos. Inclusive…
Adoraria vê-los assumindo este projeto, sem receber nada em troca… &;-D