… o acesso a Internet de fibra óptica, as plataformas de webconferência e as ferramentas digitais de ensino, estão se tornando protagonistas na educação? As modalidades de ensino à distância nos trazem uma série de vantagens e benefícios, com destaque para a comodidade (não é necessário deslocar-se para as instituições de ensino e os centros de treinamentos), o gerenciamento do tempo (não perdemos tempo com transportes e deslocamentos) e o custo vs benefício (valores mais em conta, já que consumimos menos recursos da infraestrutura)…
Mas por outro lado, tanto o ensino remoto quanto aqueles designados para atuar de forma independente, como o auto-didata e o ritmo próprio (“self-paced”), em geral possuem um suporte bastante limitado por parte dos profissionais de ensino, como é o caso de instrutores, professores e mediadores. Para variar, os estudantes que se submetem a estas modalidades também precisarão ser dotados de certas características, como a iniciativa, a independência e a disciplina, já que será necessário tomar decisões por conta própria, das ações que irá executar para o seu aprendizado, além de se manter bastante focado e evitar distrações.
E falando em distrações, eis um grande problema que venho enfrentando nestes últimos tempos! Se já não bastassem as dificuldades para se manter focado no aprendizado (proporcionadas pelas modalidades de ensino já citadas), ainda temos que levar em consideração uma série de eventos que estão fora do nosso controle: as ligações telefônicas, as solicitações de atendimentos diversos (de trabalho, de favores, de notificação, etc) e as mensagens de textos são as mais comuns, além uma série de interrupções geradas por vizinhos, criaças, animais, etc.
Se por um lado, não será possível nos livrarmos das ligações incômodas e das insistentes mensagens de texto (pois para muitos como eu, desligar o smartphone não é uma opção), por outro poderemos contornar os problemas e as limitações destas modalidades de ensino, as quais poderão impactar negativamente no aprendizado dos estudantes. Dentre as abordagens que costumo utilizar, a principal está no isolamento total do mundo externo: literalmente, me tranco no meu próprio escritório! Mesmo assim, esta abordagem ainda deixa um pouco a desejar…
Por isto, acredito que a modalidade presencial não só deveria ganhar uma atenção especial, como também ser empregada de maneira mais inteligente e estratégica! Ela é (na minha opinião), mais indicada para os cursos e treinamentos que são designados para perfis de estudantes que possuem dificuldades de manterem o foco e a concentração (como é o caso dos mais jovens), além de propiciarem um ambiente de aprendizado mais adequado para acolher este público. Já a modalidade online, acredito que ela se encaixa melhor para perfis de estudantes que já possuem um certa base de conhecimentos, além de serem mais disciplinados.
Senão, as experiências ruins vão afetar ambas as modalidades de ensino… &;-D