Seria o GNOME Boxes, a solução perfeita para virtualizar sistemas?

Nem sempre, a melhor solução (para atender determinadas necessidades) é aquela que mais entrega recursos e funcionalidades. Um belo exemplo disso está no ambiente gráfico GNOME, que por sua vez promove uma experiência de usabilidade baseada na simplicidade & minimalisto, com ênfase no seu slogan “menos é mais”. Isto também acaba se refletindo em suas aplicações nativas, onde algumas delas estão sendo reescritas para se adequar à sua filosofia! Dentre elas, também poderemos incluir o GNOME Boxes, a ferramenta oficial para a virtualização…

“Virtualization is an essential tool for Linux users who want to test new distributions, run Windows software, or create safe spaces to experiment without risking their central system. While numerous virtualization platforms exist, many emphasize advanced features that can intimidate newcomers. Gnome-Boxes takes a different approach, focusing instead on accessibility and integration with the Linux desktop. By combining simplicity with strong performance, it makes virtualization less about configuration and more about getting work done quickly.”

— by XDA Developers.

Jeff Butts (editor do portal XDA Developers) publicou análise do GNOME Boxes, destacando-a como uma ferramenta de virtualização ideal para iniciantes em sistemas GNU/Linux, além da sua simplicidade e acessibilidade. Em contraste com soluções mais complexas como VirtualBox ou VMware, o GNOME Boxes se foca em uma experiência de usuário descomplicada, permitindo que até mesmo usuários inexperientes criem máquinas virtuais (VMs) de forma intuitiva. A ferramenta automatiza o processo de configuração, exigindo apenas que o usuário selecione um arquivo de imagem ISO ou um sistema operacional de uma lista pré-definida.

Além de sua facilidade de uso, Butts ressalta o bom desempenho do GNOME Boxes, que utiliza tecnologias de virtualização de baixo nível como libvirt e QEMU/KVM para alcançar velocidades de execução quase nativas. Sua integração com o ambiente de desktop GNOME é outro ponto forte, proporcionando uma experiência fluida com recursos como ajuste automático de resolução e compartilhamento de área de transferência. Essa integração é projetada para que a máquina virtual se sinta como uma parte natural do sistema operacional anfitrião.

No entanto, ele também aponta as limitações desta ferramenta, que por sua vez são um compromisso pela sua simplicidade e facilidade de uso: O GNOME Boxes foi projetado com base nestes requisitos e por isto, não oferece recursos avançados como GPU passthrough, configurações de rede complexas ou suporte para múltiplos sistemas operacionais simultâneos, de forma otimizada para ambientes empresariais. Além disso, a falta de suporte para instalações de Windows 11 em algumas versões empacotadas (como a Flatpak) é mencionada como uma desvantagem.

Em conclusão, Butts argumenta que, apesar de suas limitações para usuários avançados ou para cenários de uso empresarial, o GNOME Boxes é a escolha perfeita para a maioria dos usuários de sistemas GNU/Linux. Sua combinação de simplicidade, bom desempenho e integração com o ecossistema GNOME o torna a ferramenta de virtualização mais acessível e eficaz para uso pessoal e testes leves, cumprindo a promessa de ser a ferramenta perfeita para iniciantes.

E em pensar que em outros tempos, não abria mão do VirtualBox… &;-D