Quantos monitores será necessário para obter uma boa produtividade?

Embora reconheça que para certas profissões e suas respectivas atividades, sistemas computacionais que fazem o uso de mais de um monitor poderá trazer ganhos de produtividade substanciais, se comparado com aqueles que adotam apenas um único monitor. Mas para o uso geral, tenho as minhas dúvidas de que estes arranjos irão trazer vantagens relevantes para os usuários. Inclusive, acredito justamente no contrário: ao uso de um único monitor não só atende as minhas necessidades, como também me “obriga” a definir melhores práticas de uso, que no final das contas melhora bastante a minha produtividade…

“I’ve worked from home since late 2016; since I began, I’ve upgraded from using a laptop to a desktop with two monitors, then three. And when I got a standing desk in 2021, I also purchased a monitor arm that holds four monitors. This has been my primary work environment since. While having four monitors might sound overkill, or like something you’d see at a stereotypical computer geek’s computer in a movie, it’s essential for my work-from-home workflow. I love the options they provide, and working with anything less feels like a huge downgrade in productivity.”

— by Make Use Of.

Ben Stegner (editor do portal Make Use Of) publicou um interessante artigo, relatando as suas experiências pessoais ao trabalhar em casa desde 2016 e usar uma configuração, que faz o uso de quatro monitores. Ele gradualmente expandiu sua estação de trabalho, começando com um laptop e uma TV como segunda tela, evoluindo para a adoção de um desktop com dois, depois com três e finalmente com quatro monitores, incluindo toda a estrutura de suporte necessária para acomodá-lo, como uma mesa de pé e um braço de monitor.

Stegner explica que essa configuração de múltiplos monitores é crucial para seu fluxo de trabalho, permitindo que ele use simultaneamente várias aplicações como Asana, Slack, e-mail e navegadores WEB (entre outros), sem a necessidade de alternar constantemente entre as janelas. Ele designa uma “tela inicial” para cada ferramenta, o que o ajuda a referenciar informações facilmente e manter o foco. Para ele, essa organização é mais eficiente do que usar uma única tela grande, pois oferece uma separação lógica e controle individual sobre cada display.

Stegner também aborda os desafios e as alternativas de sua configuração, mencionando que minimiza as janelas que causam distração, além de não se importar com a quantidade de cabos. Ele defende veementemente a adição de mais monitores a uma estação de trabalho para melhorar a eficiência e pelo visto, quatro é o número aparentemente ideal para as suas necessidades. Por fim, ele acredita que a produtividade e a organização visual compensam qualquer desvantagem, tornando a sua configuração de quatro telas uma parte indispensável de seu ambiente de trabalho.

Eis, a questão: se o problema está na organização eficiente da aplicações e suas múltiplas telas (ao invés de um grande monitor), não seria mais prático o uso de áreas de trabalho virtuais? O Windows (desde a versão 10) já oferece suporte para esta funcionalidade, além dela estar presente há décadas em ambientes gráficos de sistemas GNU/Linux. Seja como for, o mais importante de tudo é saber que cada usuário poderá personalizar o seu ambiente de trabalho de acordo com as suas preferências, mesmo que isto acabe resultando em gastos extras.

Enquanto isso, ainda continuo usando um modesto monitor HD de 15″… &;-D