Tal como o GNOME, o KDE também deixará de dar suporte para o Wayland!

Há tempos, já sabemos que o servidor gráfico X.org será descontinuado. Embora ainda seja mantido de forma ativa pelos fundadores e seus contribuidores, a sua arquitetura ultrapassada impossibilita os sistemas GNU/Linux (e outros que fazem o seu uso) alcançar melhores resultados em termos de performance, eficiência e segurança. Por isto, as principais distribuições e o ambientes gráficos estão substituindo-o de forma gradativa, deixando de suportá-lo em prol do (não tão) novo e moderno Wayland, como é o caso do Debian e do GNOME…

“KDE has announced that it will go Wayland-only in a future release of Plasma Desktop. It will not support X11 sessions from 2027. KDE Plasma 6, which was released in February 2024, switched from X11 to enable Wayland as the default display server. Initially, the developers did not plan to remove X11/Kwin before Plasma 7, however the codebases of Kwin were split this year, one for X11 and the other for Wayland.”

— by ghacks.net.

E agora, será a vez do KDE que por sua vez, anunciou planos para que o seu ambiente de desktop Plasma se torne exclusivamente baseado no servidor gráfico Wayland numa versão futura, com a descontinuação total do suporte para sessões X11 prevista para começar em 2027. Embora o KDE Plasma 6 (lançado em fevereiro/2024) já tenha estabelecido o Wayland como o servidor de exibição padrão, o objetivo é que o Wayland se torne a única opção a partir do Plasma 6.8. Esta transição foi acelerada pela separação das bases de código do Kwin (o gestor de janelas do KDE) para X11 e Wayland, sinalizando o caminho para a eliminação do X.org.

A principal motivação para a mudança total reside nas melhorias técnicas significativas que o Wayland oferece, se comparado com o antigo e defasado X11. Estas vantagens incluem um suporte muito melhorado para ferramentas de acessibilidade (como leitores de tela e controles de zoom), uma experiência de jogo superior com suporte para Adaptive Sync e tearing (opcional), configurações aprimoradas para múltiplos monitores com altas taxas de atualização e a capacidade de suportar HDR (com ajustes). Além disso, a decisão é facilitada pela melhoria substancial dos drivers da Nvidia para sistemas GNU/Linux, tornando o Wayland mais estável e viável para um público mais vasto.

No que diz respeito à compatibilidade, o KDE tranquiliza os utilizadores, afirmando que as aplicações legadas do X11 continuarão a funcionar através da camada de compatibilidade Xwayland, além das aplicações nativas manterem o suporte. Os usuários que necessitem especificamente do X11 por motivos de dependência de hardware ou software, serão aconselhados a utilizar distribuições LTS (Long-Term Support) que mantenham versões mais antigas do Plasma. Esta decisão do KDE está em sintonia com uma tendência mais ampla no ecossistema GNU/Linux, visto que a maioria dos utilizadores do Plasma já utiliza sessões Wayland e outras distros e ambientes, como Fedora 43, Ubuntu 25.10 (e Kubuntu), além do GNOME (que planeja a remoção no GNOME 50), também estão a descontinuar o Xorg.

Estou ficando velho. Pois já usei os três últimos servidores gráficos… &;-D

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