Quando falamos nos grandes nomes dos jogos FPS, os primeiros que surgem em nossas mentes são John Carmack e John Romero (id Software; Wolfenstein 3D, DOOM e Quake), Gabe Newell (Valve; Half-Life, Counter-Strike e Portal) e Tim Sweeney (Epic Games; Unreal Engine), entre outros que não são tão badalados. E são estes últimos que, apesar de não serem tão populares ou conhecidos, ainda assim foram os responsáveis por grandes impactos na indústria de jogos, por lançarem franquias icônicas, além de redefinirem padrões e conceitos…
“Being a gamer means respecting the creators who build foundations for those who come after. Vince Zampella was one of those rare visionaries. He did not just make hit games; he shaped an entire generation of shooters. While some focused on selling products, he was more into the ‘impact first’ approach. Sadly, this industry icon passed away at 55, leaving some of the best works ever in video game history.”
— by Beebom.
Dentre ele, está Vince Zampella. Falecido neste último domingo (21/dez) em um acidente de carro (a sua Ferrari 296 GTS 2026 que dirigia saiu da estrada e colidiu em alta velocidade contra uma barreira de concreto), ele foi um visionário raro que não apenas criou jogos de sucessos importantes, mas também moldou o gênero FPS em três momentos cruciais. Em destaque, a sua mentalidade de priorizar o impacto e o respeito ao jogador, focando em fundamentos sólidos em vez de apenas vender produtos, o que permitiu que ele deixasse uma marca indelével na indústria de jogos eletrônicos, por mais de duas décadas.
A primeira grande contribuição de Zampella foi o nascimento de Call of Duty. Ao fundar a Infinity Ward, ele refinou os controles e a jogabilidade, transformando o que era um gênero lento em algo ágil e cinematográfico. Ele introduziu mapas mais compactos e um ritmo frenético que não sacrificava o peso das ações, estabelecendo a fórmula que tornaria a franquia um fenômeno global e mudaria para sempre, as expectativas sobre campanhas e multijogadores de guerra.
O segundo marco foi a criação da Respawn Entertainment e o lançamento de Titanfall e, posteriormente, Apex Legends. Com o último, Zampella é creditado por “consertar” o gênero Battle Royale. Em um lançamento surpresa e gratuito, ele provou que o sucesso dependia de fundamentos impecáveis: armas precisas, personagens inteligentes e um sistema de comunicação (ping) inovador. Ele afastou o gênero da estética desgastada da época para um cenário de ficção científica com jogabilidade fluida, que poucos concorrentes conseguiram igualar.
Por fim, o terceiro legado de Zampella foi revitalizar as franquias em crise, como evidenciado por seu papel na liderança de Battlefield 6. A sua abordagem em simplificar o excesso, focar no núcleo da experiência e confiar na inteligência do jogador, foi o que permitiu recuperar séries que muitos consideravam perdidas. A sua morte aos 55 anos é uma perda imensurável para os games, mas seu padrão de excelência continuará guiando futuros desenvolvedores.
Embora não seja um nome lendário, ao menos deveria ser mais lembrado… &;-D