A volta dos terminais burros

Há muitos anos, quando as redes de computadores sequer existiam, as empresas e organizações governamentais processavam os seus dados em mainframes, que foram grandes computadores na sua época e que eram acessados por vários usuários através de terminais burros. Eles ocupavam um enorme espaço físico (muitas vezes, um prédio inteiro), custavam centenas de milhares de dólares e de difícil manutenção. Por isto, foram sendo gradualmente substituídos…

Com a invenção do circuito integrado e posteriormente a miniaturização dos componentes eletrônicos, surgiram os computadores pessoais, que diferente dos terminais burros, executam os sistemas operacionais e os softwares de forma independente, aliviando a carga de processamento dos mainframes. Estes últimos passaram a ocupar menos espaço, se tornando mais acessíveis e dedicados a oferecer os serviços de redes que tanto precisamos no dia-a-dia. E assim, “nasceram” os servidores, tal como os conhecemos!

Mas agora, com a evolução das conexões de fibra óptica, a grande capacidade de processamento dos servidores blades integrados em data centers e a oferta de serviços da computação em nuvens, poderíamos perfeitamente executar praticamente todos os serviços essenciais de forma remota, sem a necessidade de dispor de um equipamento para realizar o processamento de dados localmente. Em suma: os PCs desktops poderiam ser perfeitamente dispensados desta infraestrutura. Então pergunto: deveríamos voltar para os terminais burros?

Basicamente, poderíamos dispor de thin clients, que são equipamentos com arquitetura mais simples e barata, na qual um firmware embutido executaria um sistema básico, com a finalidade de se conectar a infraestrutura e assim, acessar os servidores remotamente, tal como opera o Terminal Service (Windows). Ou ainda, um navegador WEB desenvolvido exclusivamente para acessar os serviços de computação em nuvens, em uma abordagem similar a dos Chromebooks (Google). Apesar destas soluções de mercado já existirem a algum tempo, desconheço aquelas otimizadas para conexões de banda-larga e que utilizem recursos de computação em nuvens.

Uma coisa é certa: em breve, teremos novidades sobre o assunto… &;-D