Antigamente, o tempo médio de vida útil de um equipamento (seja computador ou notebook) era algo em torno de 5 anos. A partir daí, o equipamento se mostrava tecnológicamente defasado e os problemas relacionados ao desgaste do hardware começavam a aparecer: sobre-aquecimento, corrupção de dados, travamento. No entanto, não tem sido assim com um certo notebook Asus da família…
O equipamento em questão – dotado de uma CPU Core i5-2410M, 4 GB de RAM, 500 GB de armazenamento e tela de 14″ – pertence ao meu irmão, que por sua vez o usa para propósitos gerais: desde a utilização básica (acesso a Internet e editoração de documentos office), passando por editoração gráfica e por fim, aventura-se a rodar alguns jogos atuais (mesmo com o modesto IGP Intel HD Graphics 3000). Lançado em 2012, o note em questão já está com 7 anos de idade e (parece que) não demonstra nenhum sinal de cansaço!
Sabemos que a Lei de Moore (a qual estipula que o número de transistores vai dobrar a cada 2 anos) terá um fim, em vista dos limites físicos do refinamento da litografia dos processadores. Também temos visto o lançamento de novas famílias de CPUs (e GPUs) que apresentam ganhos de rendimentos menores a cada ano, se comparadas com as famílias mais antigas. Então, a tendência natural do software é acompanhar essa oferta de poder de processamento e oferecer uma boa relação de recursos vs uso de carga de processamento.
Por isso, será mais comum ver equipamentos antigos executando bem softwares atuais. Há uns 15 ou 20 anos, era praticamente inconcebível usar um PC desktop com 5 anos de idade, em vista da defasagem tecnológica (pois a lei de Moore estava voando); e em um futuro não muito distante, será comum dispor de máquinas com até 10 anos de idade funcionando bem. Por outro lado, a relação performance vs consumo ainda será ruim, se mantermos o uso dessas velharias!
Voltando ao notebook mencionado, se for bem cuidado e seu uso mantido dentro dos limites suportados, certamente poderá chegar aos 10 anos de idade funcionando bem, ainda que de forma limitada para rodar os softwares mais recentes (ele ainda utiliza o Windows 7 como sistema operacional padrão). E quando chegar a época de trocá-lo, certamente o futuro equipamento (se bem escolhido) poderá durar tanto ou até mais que ele!
Se até lá as CPUs quânticas não derem as caras… &;-D