O preconceito contra jogos lineares

Sou aficionado por jogos de tiro em primeira pessoa (conhecidos tradicionalmente como FPS). Durante a minha juventude, curti bastante os jogos considerados clássicos como Wolfenstein, Doom/Heretic, Quake/Hexen, Unreal e por fim, Halo. No entanto, apesar das diferentes propostas de jogo, a fórmula dos FPS tradicionais há tempos apresenta desgaste…

Então, por um bom tempo a minha empolgação com este gênero de jogo diminuiu, embora estivesse também acompanhando as novidades e lançamentos mais recentes, como FarCry (clássico), Bioshock, Dishonored e Crysis, entre outros. E foi a partir de Assassin’s Creed e a sua proposta de mundo aberto é que voltei a me empolgar com os jogos eletrônicos, apesar dele não ser um FPS.

Eis então, uma mudança de paradigma: sai de cena os jogos lineares, dotados de caminhos pré-definidos e tarefas sequenciais, para entrar os jogos de mundo aberto, onde o jogador possui uma grande liberdade para escolher o que quiser fazer. Ele pode explorar, executar as missões na ordem que quiser (embora as missões principais ainda sejam linear), personalizar o protagonista e em alguns casos, alterar até mesmo o final do jogo, dependendo das decisões tomadas.

A grande ironia disso tudo é que os jogos lineares acabaram sendo vistos com preconceito, pois além de dependerem mais profundamente de um bom roteiro (pois senão se tornam previsíveis), em geral são curtos e oferecem em média de 10 a 12 horas. Mesmo assim, missões bem elaboradas e histórias empolgantes, com nível de dificuldade bem dimensionado e até mesmo”chefes de fases” desafiantes, tornam a experiência de jogar única!

Pena que os produtores de Call of Dutty pensam o contrário… &;-D