Déjà-vu ou nostalgia? Não sei dizer…

Analisando os requisitos de muitos jogos na atualidade, muitas vezes tenho uma bela sensação de viver belos momentos de déjà-vu. O quem sabe, seriam momentos de nostalgia? Não sei dizer! Basicamente, muitos requisitos de memória RAM e armazenamento são bem “parecidos” com os que vivenciei há mais de 24 anos, quando adquiri o meu primeiro PC desktop e precisei realizar alguns upgrades para rodar jogos…

Nos dias atuais, em termos de requisitos de memória, 4 GB de RAM é o mínimo e 8 GB é o ideal, para os jogos mais leves; já para os jogos mais modernos, 8 GB e 16 GB de RAM se tornaram a referência, respectivamente. O mesmo se dá para o armazenamento, com jogos que exigem poucos GB de espaço e outros mais vorazes, solicitando dezenas de GB e não raro, mais de 100 GB! E em um futuro não muito distante, 24 ou 32 GB de RAM se tornarão a norma, bem como a manutenção de um HD ou SSD com mais de 1 TB de armazenamento!

Voltando no tempo, em 1996, adquiri um PC 486 DX4-100, com 4 MB de RAM e HD de 1.08 GB. Na época, jogos populares como DOOM, Heretic e até mesmo ROTT, requeriam 8 MB de RAM e algo entre 25 a 40 MB de “winchester”. Já jogos mais “modernos” como Duke Nuken 3D, Blood e até mesmo Quake, se satisfaziam com 8 ou 16 MB de RAM e pelo menos 80 MB de armazenamento! Então o que mudou de lá para cá? Na época, acabei sendo obrigado a comprar um novo “pente de memória” de 4 MB, para atender aos requisitos mínimos dos jogos disponíveis.

Aparentemente, o que mudou foi “apenas” uma letrinha: de “M” para “G”. Mas na prática, elas representam um aumento na ordem de 1000x! E se tivesse que montar um PC desktop para rodar os jogos atuais, precisaria de pelo menos 8 GB de RAM e 1 TB de armazenamento, especificações estas que também são “parecidas” com o meu PC desktop de 24 anos atrás (exceto pelo “G” ao invés do “M”). Pelo menos, os jogos de antigamente não precisavam de placa aceleradora de vídeo, se contentando com as placas 2D da época. Ops, dada a evolução dos IGPs, muitos jogos modernos também não exigem placa de vídeo!

24 anos na área de Tecnologia parecem uma eternidade? Sim (afinal de contas, estamos falando de 1/4 de um século). Embora este simples comparativo de especificações técnicas não seja um parâmetro confiável para entender esta magnitude de diferença, ainda assim nos permite concluir que estamos vivendo em um momento único, em termos de avanços e evolução. Inclusive, se fizermos um cálculo “genérico” em relação ao poder de processamento, baseado na Lei de Moore (que a cada 2 anos, ele dobra), iremos concluir que de lá para cá, os PCs desktops evoluíram em algo cerca de 4.096 (2^12)!

E olha que esta lei já está com os dias contados… &;-D