Bem diferente dos meus colegas especialistas em TI, NUNCA me simpatizei com os PCs desktops poderosos e de última geração (embora de uns tempos para cá, tenha dado mais importância à geração, em vista da defasagem tecnológica). E o motivo é bem simples: apesar de ser o desejo de boa parte (senão a maioria) dos usuários, pelo menos 90% deles podem ter as suas necessidades satisfeitas com máquinas de média ou até mesmo baixa potência…
Um PC desktop tradicional passa a maior parte do tempo sendo sub-utilizado, rodando aplicações gerais que mal utilizam 15% dos recursos do sistema. E quando necessitam rodar aplicações mais pesadas, boa parte das máquinas de média potência conseguiriam atender as suas exigências, sendo mais baratas e mais econômicas. E com uma bela vantagem: sabendo-se que em 4 ou 5 anos elas se tornam tecnológicamente obsoletas, a troca por um equipamento mais moderno poderá ser melhor programada!
Sei que muitos vão citar os jogos de computadores, como a principal razão para a aquisição de PCs desktops poderosos. E com razão: esta é uma das poucas classes de aplicações em que realmente necessitamos de máquinas poderosas! Entretanto, faz-se realmente necessário rodar os jogos em altíssima resolução (4K), anti-aliasing ativado em valores agressivos (16x), grandes atualizações de quadro por segundo (60 FPS) e efeitos visuais “no máximo” (ULTRA)? Se estes usuários fizerem algumas concessões, verão também que muitas máquinas medianas também atenderão as suas necessidades.
Por estes (e outros motivos), passei a adotar equipamentos com perfis de hardware mais modestos, optando por PCs desktops mais simples e baratos, para executar as minhas atividades gerais. Para se ter uma idéia disso, das minhas últimas máquinas de trabalho, uma delas foi um antigo netbook (que o mantive desde 2009 até o início deste 2015). Atualmente estou utilizando um nettop montado por mim, já que os netbooks praticamente saíram de circulação. E acreditem: gastei menos de R$ 1.000,00 e com este equipamento, pretendo passar pelo menos 10 anos com ele!
E só o trocaria, se por acaso surgisse um netbook interessante… &;-D