Gordon Moore (chairman, engenheiro e co-fundador da Intel) previu que a quantidade de transistores em um chip dobraria a cada dois anos, possibilitando dobrar a potência dos processadores. No entanto, por questões relacionadas as leis da física em relação a diminuição do tamanho dos transistores, também sabíamos que esta definição não mais faria sentido, em um futuro não muito distante. E vários estudos apontavam algumas litografias como o marco da extinção desta lei…
“TSMC started to construct its new production facility in late October, 2019. The company will start moving in equipment in the coming months and the factory will be completed in 1 – 1.5 years from that moment. Mark Liu, TSMC’s chairman, said at the ceremony that the facility would have a production capacity of around 55,000 300 mm wafer starts per month (WSPM) using the company’s N3 fabrication process when it becomes fully operational in the second half of 2022.” — by Tom’s Hardware.
Até então, havia um “consenso” de que este marco seria a litografia de 10nm, embora alguns já sinalizavam que a litografia de 14nm já representaria uma “borda suave”, em vista da dificuldade da própria Intel em migrar para a tecnologia de 10nm, bem como a necessidade de utilizar tecnologias especiais (High-k Metal Gate e FinFET) para alcançar este objetivo. No entanto, não só já temos chips de 7 e 5nm no mercado, como também teremos novos chips com litografia de apenas 3nm! Eis a TSCM, que em breve irá inaugurar uma fábrica na China para fabricar estes chips! A previsão é de que ela esteja operacional já no 2o. semestre de 2022.
Por incrível que parece, estou interessado mesmo é no “fim definitivo” desta lei, quando não for mais possível produzir chips com litografias menores (lembro-me de algumas estimativas apontarem justamente para 3nm). Pois quando esta época chegar, a maneira pela qual os processadores serão projetados irá sofrer profundas reformulações: sairão de cena os processadores que entregam performance bruta, para entrar as novas unidades otimizadas para determinados propósitos. As CPUs multi-nucleares que conhecemos serão repensadas, para dar espaço para núcleos especiais para executar funções específicas. Talvez, os dispositivos e periféricos terão a sua própria unidade de processamento, com o objetivo de auxiliar e aliviar a carga da CPU central.
Duvidam? Então, dêem uma olhada no design do Apple M1… &;-D