Na minha opinião, o grande diferencial da ARM Holdings no que concerne a busca da supremacia no mercado de SoCs & CPUs, está no seu sistema de licenciamento para a arquitetura ARM: qualquer fabricante interessado em desenvolver e fabricar as unidades de processamento baseado neste set de instruções, poderá fazê-lo bastando adquirir as licenças necessárias. A Qualcomm, a Samsung, a Amazon e (mais recentemente) a Apple são apenas alguns grandes nomes do mercado, que vêm fazendo sucesso com seus produtos baseados na arquitetura ARM…
“The world’s largest software maker is using Arm Ltd. designs to produce a processor that will be used in its data centers, according to people familiar with the plans. It’s also exploring using another chip that would power some of its Surface line of personal computers. The people asked not to be identified discussing private initiatives. Intel’s stock dropped 6.3% to close at $47.46 in New York, leaving it down 21% this year.” — by Bloomberg.
Pelo visto, chegou a vez da Microsoft! Conforme noticiado pelo site Bloomberg, ela está “usando os projetos da ARM Ltd. para produzir um processador que será usado em seus data centers, de acordo com pessoas familiarizadas com os planos”, além de “explorando o uso de outro chip que alimentaria alguns de sua linha de computadores pessoais Surface”. Apesar destes chips serem primariamente dedicados para o uso em seus servidores, não ficaria surpreso se alguns “entendidos de plantão” sugerissem o uso da arquitetura ARM para os futuros lançamentos de consoles! Por isso, já vou adiantando: NÃO acredito de que isto vá ocorrer (ao menos em curto ou até mesmo médio prazo).
Explico: a 9a. geração de consoles Xbox Series é a 2a. linha em sequência baseada na arquitetura x86, mesmo apesar do Xbox original ter sido baseado nesta arquitetura (o Xbox 360 quebrou essa linha, por utilizar a arquitetura PowerPC). Este aspecto tornou o console compatível com os jogos da geração anterior, ao mesmo tempo em que facilitou para os desenvolvedores de jogos a portar e/ou realizar otimizações para a nova geração. Adotar uma nova arquitetura para a nova geração de consoles quebraria toda a linha de retrocompatibilidade ou ainda, exigiria novos esforços em emulação para tornar possivel a execução de jogos antigos em consoles novos. Sem contar ainda a possibilidade de impactar na venda dos novos consoles, já que estes jogos não seriam retrocompatíveis “da noite para o dia”.
Em suma: NÃO acreditem em tudo o que está escrito “por aí”… &;-D