Um dos aspectos mais interessantes dos sistemas operacionais Unix baseados em GNU/Linux, está no suporte a hardware: em equipamentos antigos e defasados, é possível instalar e executar uma distribuição moderna, embora ainda sejam necessários algumas concessões para funcionar bem. E mesmo para os sistemas mais badalados como o Ubuntu e o Fedora, um equipamento com +10 anos ainda poderá prestar um bom serviço, se não for exigido muito dele…
“One of the most important early decisions when building a Linux distribution is the scope of supported hardware. The distribution’s default compiler flags are significant for hardware-platform compatibility. Programs that use newer CPU instructions might not run on older CPUs. In this article, I discuss a new approach to building the x86-64 variant of Red Hat Enterprise Linux (RHEL) 9 and share Red Hat’s recommendation for that build.”
— by Red Hat Developers.
O problema é que para suportar um enorme número de processadores, é necessário realizar a habilitação de diversos parâmetros, na compilação de componentes e bibliotecas do sistema (especialmente o kernel Linux e a glibc), para garantir o suporte do sistema para as tecnologias, extensões e recursos oferecidos por estas CPUs, o que acaba trazendo uma série de complexidades para os seus mantenedores. Não mais para o novo RHEL 9: a partir desta versão, a distribuição será compatível somente com as CPUs da Intel a partir da arquitetura Nehalem, a qual deu origem a primeira geração de Intel Core (2009). O mesmo se dará para as antigas CPUs AMD K8, as quais conhecemos como as linhas Athlon 64 e que talvez não sejam mais suportadas.
Isto me fez lembrar dos bons tempos, quando ainda estava na fase de “ciranda das distribuições”! E um aspecto que me chamou a atenção ao experimentar o Mandrake Linux, foi o fato de que este sistema era compilado para suportar apenas a arquitetura i586 ou superior, o que deixava de fora as antigas CPUs Intel 486 e derivadas. Na época, era dono de um antigo PC desktop equipado com o processador Pentium-200 MMX e respirei aliviado, por saber que o meu computador ainda seria suportado. Porém, acabei não me adequando a distribuição e por fim, adotando o Conectiva 3 “Marumbi” como a minha distribuição oficial. Depois, vieram a 4.0, a 5.0, o Red Hat 7.X…
Na minha opinião, o suporte a hardware deveria ser limitado para equipamentos com até 10 anos de idade, relegando para os sistemas LTS o suporte a hardware mais antigo. Isto se eles “sobrevirerem” ao tempo, pois como já sabemos, as coisas evoluem rápido na computação e o que até antes era considerado moderno e atual, passa a ser classificado com obsoleto a partir de 5 anos em termos tecnológicos. Por fim, a própria deterioração dos componentes eletrônicos também fazem se sentir a partir deste tempo, e um equipamento que antes funcionava muito bem, passa a apresentar gradualmente problemas de instabilidades e travamentos, além de outros defeitos eletrônicos.
Exceto a linha Toughbook da Panasonic… &;-D