As três principais categorias de CPUs x86 são enquadradas não só pelo desempenho que oferece, mas também pelo consumo de energia e dissipação de calor: para as CPUs entry-level, 35W; já para as CPUs mainstream, 65W; por fim, para as CPUs high-end, 95W. Obviamente, estes valores de tabela não são realmente fixos e poderemos encontrar algumas variações, como algumas CPUs de entrada consumindo até 45W e mais frequentemente, CPUs mais potentes a até 125W…
“(…) the Core i9-11900KF was tested with an entry-level 360mm cooler while running AIDA64’s FPU stress test. One of the reasons you should take these rumors with a grain of salt is that AIDA64’s FPU stress test is specifically designed to hammer the chip. This is great if your goal is to stress test equipment and isolate errors. It’s less great if your goal is to measure normal workload power consumption. AIDA64’s FPU test also contains AVX-512 instructions. If it’s using that code path for the Core i9-11900KF while the CPU is clocked at 4.8GHz, it’s going to generate a lot of heat.”
— by Extreme Tech.
Em tarefas mais intensas, o consumo de energia pode subir ainda mais (já que os níveis acima estipulados se baseiam em valores médios) e não raro, as CPUs expostas a estas condições podem apresentar problemas de instabilidades e travamentos, sem contar ainda a degradação acelerada do hardware, por funcionar em altas temperaturas. Mas para a Intel, estas (e outras) condições são levadas em conta por isto, os seus chips são projetados para trabalhar com margens mais folgadas: 95 graus trabalhando a 24/7 não é para qualquer um! E mesmo em testes de estresses, com os núcleos a 4.8 GHz em modo boost e com uso sistemas de resfriamentos baseados em soluções líquidas, a nova CPU high-end da Intel conseguiu atingir 98 graus e consumir algo em torno de 250W, rodando de forma estável durante a execução do teste!
Se por um lado ficamos impressionados ao ver estes números alcançados pela CPU, por outro fica em aberto os questionamentos em relação ao impacto causado aos demais componentes do PC desktop. Mesmo que rodando em condições normais, o calor gerado internamente afeta bastante o funcionamento de módulos de memória, placas de vídeo e sistemas de armazenamentos. Por fim, os reguladores de tensão da placa-mãe terão a sua vida útil reduzida, já que eles são os responsáveis por converter as tensões de trabalho da fonte para os valores específicos, para a alimentação da CPU. Resumindo: vale à pena permitir que estas máquinas trabalhem em tais condições? Acredito que não. Por isso, não me “empolgo” com máquinas dotadas de tais unidades de processamento e nem recomendo usuários comuns a comprar e/ou montar!
Mas se deseja arriscar, é por sua conta e risco… &;-D