Montagem e manutenção: dicas e macetes para lá de “esquisitos”…

Quem é que nunca deixou um gadget cair na água? Seja caminhando em uma calçada ou realizando atividades domésticas, haverá uma situação em que o seu dispostivo preferido sofrerá as consequências de um bom banho. Inclusive, haverão casos hilariantes, como os de usuários que deixam o celular cair no vaso de privada acidentalmente por estarem usando justamente “durante o seu reinado”…

Para estas circunstâncias, remova a sua bateria e sequem ambos os componentes da melhor maneira possível. Por fim, coloque-os em um pote contendo arroz. Por ser rico em amido, o arroz irá sugar a umidade o restante que ainda está contida nas entranhas de seus dispositivos. Quanto ao mau-cheiro, bem: estes já são outros quinhentos. Em tempo: não reaproveite o arroz.

Outra “versão” desta prática, consiste em colocar os componentes afetados dentro de uma meia e em seguida, colocá-la dentro de um pote de sal (a meia protegerá os componentes da ação corrosiva do sal). Mas diferente do arroz, não confiaria muito na eficácia do sal, uma vez que as suas propriedades tendem a afetar os contatos metálicos do gadget, corroendo-os. Daí, a necessidade dele estar dentro da meia e de preferência, bem “limpinha”!

Estranho, não? Mas são estas pequenas dicas e macetes, que embora mais pareçam práticas místicas e ritualistas, é que nos salvam de uma série de infortúnios! Entretanto, neste artigo iremos tentar desvendar pouco-a-pouco, os mecanismos que atuam sob estas práticas, assim como também alertar sobre aquelas que não devem ser praticadas. Ou exceto em último caso…

Uma interessante que tive a oportunidade de acompanhar é aquela em que um disco-rígido dá o seu último suspiro antes de dizer “adeus” (e irônicamente, ele nos avisa antes mesmo da falha acontecer, através de uma tecnologia chamada SMART). Eis então, mais uma dica daquelas “sinistras”: colocar o HD na geladeira (óbviamente lacrado em um saco plástico, para evitar a contaminação do dispositivo) e aguarde por alguns minutos. Em seguida, conecte-o diretamente ao sistema (através de um adaptador externo via USB ou eSATA), para que a unidade possa ser lida.

Basicamente, a retração nos mecanismos de leitura causada pelo frio, irá possibilitar a utilização da unidade por alguns bons segundos, antes que ela aqueça novamente e impeça a sua livre movimentação. Embora a técnica funcione em alguns casos, esta é uma que podemos classificá-la como não recomendável, pois além de ser pouco efetiva, haverá o risco de agravar o estado de saúde do HD, colocando em risco os dados gravados. Inclusive, ao embalar o dispositivo, já podemos até providenciar um saco plástico de cor preta…

Portanto, se houverem informações importantes e confidenciais, recomendo que leve a unidade a uma empresa especializada em recuperação de dados. Mas, se não houver mais como proceder para recuperar as informações da unidade de armazenamento, deveremos destruir a unidade em questão? Pode parecer uma atitude um tanto exagerada, mas lembrem-se que muitas informações pessoais (mesmo não sendo importantes ou confidenciais) podem estar gravadas, devido ao uso de certos aplicativos ou o acesso a determinados sites. Portanto, vale à pena ser um pouco paranóico.

Em alguns casos, uma antiga placa-mãe simplesmente teimava em não inicializar, apesar de todos os esforços empregados em sua manutenção. Sabendo que o componente funcionou durante anos e nunca recebeu uma limpeza decente, a culpa certamente cairá sobre a sujeira, nos pequenos cantos e entradas que o spray limpa-contatos sequer imagina! Eis, mais uma dica “mirabolante”: lavar a placa-mãe, colocando-a em uma bacia contendo água, sabão ou detergente (mas ambos neutros). A escovação deve ser feita com uma escova de dentes com cerdas bem macias e não com “crina de unicórnio virgem”, com um certo amigo há muito tempo sugeriu…

Além de executar o procedimento com todos os cuidados possíveis (uma simples escovação desajeitada ou até mesmo empregada com certa força pode danificar os seus componentes), a secagem também deverá ser feita de forma mais rigorosa, para que resíduos da umidade não provoquem certos incidentes. Para este último caso, um secador de cabelos poderá até ser usado, mas não exagere na temperatura e nem na proximidade. Só não vá deixar a placa exposta ao Sol e nem em lugares nada convencionais (como um forno)!

Mas daquelas dicas mais estranhas (ou talvez hilariante), a da improvisação da camisinha merece um destaque à parte! Explico: ao realizar a manutenção de uma impressora, a guia por onde o cabeçote de impressão se deslizará, deverá receber uma leve lubrificação. Os materiais mais recomendados para isto são a graxa de silicone e o óleo mineral. Entretanto, o que fazer quando estes materiais faltarem? Simples: use a camisinha!

Óbviamente, não da “maneira tradicional”: toda camisinha é lubrificada com óleo de silicone, um composto que pode ser perfeitamente utilizado para realizar a lubrificação da guia do cabeçote. Entretanto, preste muita a atenção no tipo de camisinha que vai ser utilizado: embora possa agradar a alguns, possívelmente o proprietário da impressora não irá gostar de ter o seu periférico com cheirinho de menta ou tuti-frutti…

Por fim, mais uma dica interessante (mas não tanto hilariante) para os usuários de notebooks e netbooks. Aqueles que utilizam os seus dispositivos praticamente sobre uma mesa e conectado a uma fonte de alimentação, devem saber que a manutenção da bateria conectada não é recomendada, em vista do desgaste natural ocorrido pela transferência de eletricidade. E aproveitando a ocasião, que tal não só remover a bateria, mas também deixá-la guardada na… geladeira (obviamente, não vá colocar ao lado da salada)!

Acontece que a alta temperatura é a principal inimiga da saúde das bateriais, especialmente aquelas baseadas em Lithium, que em geral são instáveis em média e alta temperatura. Então, se houver a possibilidade de deixá-la armazenada em um lugar frio (como a parte de baixo da geladeira) e bem embalada, a saúde deste componente será bastante preservada. Simples assim. Mas desta vez, o saco plástico poderá ser de qualquer cor…

Enfim, eis algumas pequenas dicas e macetes que conheço, bem com outras “práticas inusitadas”, as quais certamente poderão ajudar muito no dia-a-dia, os antenados por Tecnologia & hardware. E se vocês conhecerem mais algumas outras idéias, que tal aproveitar o momento oportuno para divulgarem (descrevam-nas na seção de comentários)?

Mas lembrem-se: é por conta e risco de quem quiser usá-las! &;-D