A partir do Windows 10, a Microsoft resolveu mudar a maneira pela qual o sistema era comercializado, abandonando o sistema de lançamentos de versões periódicas (que ocorriam em média a cada 4 anos) para adotar a modalidade de “sistema como serviço”, na qual ele passa a receber atualizações em tempos mais curtos. Assim, o Windows 10 se tornou o “último” sistema operacional lançado pela Microsoft, já que a partir de agora, ele receberá melhorias e inovações graduais a cada 6 meses, tal como acontece com as distribuições Linux tradicionais que conhecemos…
“Depending on who you ask, Windows feature updates are either exciting or stress-inducing, maybe even both. While they bring a fair number of new features and improvements, Microsoft’s track record in quality and bugs make each bi-annual release sometimes frightening. Microsoft has been working on improving its process and has even adopted a ‘tick-tock’ cadence but, due to global conditions related to the pandemic, it is delaying making big changes until later this year, making Windows 10 21H1 a smaller ‘scoped’ release.”
— by SlashGear.
O problema é que, dada a “natureza” monolítica do sistema (e outras variáveis) que traz alguns problemas em termos de flexibilidade (diferente de um sistema modular, em que as atualizações isoladas em componentes afetam menos o sistema como um todo) e por isso, muitas das vezes estas atualizações acabam trazendo grandes dores de cabeça, por trazer incompatibilidades, falhas de segurança e até mesmo instabilidades, tornando o sistema até inoperável em alguns casos. Não mais, ao menos para a nova atualização 21H1: ao invés de promover grandes mudanças estruturais (tal como acontece com todas as primeiras atualizações do ano), esta nova atualização apenas trará melhorias pontuais, deixando a cargo da próxima agenda, as grandes novidades reservadas para este sistema!
O principal motivo está no fato de que estamos em tempos de pandemia e isolamento social. Por isto, em vista das profundas mudanças refletidas na rotina de trabalho, os problemas gerados pelas novas atualizações podem afetar profundamente, a vida dos usuários, clientes, empresas e parceiros de negócios da Microsoft. Então, será melhor prevenir do que remediar e por isto, as melhorias a serem entregues pela atualização 21H1 se concentrarão apenas em aspectos relacionados a qualidade, segurança e acesso remoto. Neste último caso, confesso que estou curioso para analisar as mudanças, já que o trabalho remoto se tornou a regra de fato, nestes novos tempos!
Apesar dos problemas e inconvenientes, pessoalmente estou muito satisfeito com este novo sistema de atualizações graduais adotado pela Microsoft. Por outro lado, se fosse adotado o tradicional sistema de versionamento X.Y.Z, acredito que este seria muito mais prático e funcional para acompanhar: a versão atual seria o major release, seguido das atualizações graduais como minor release (que entregam novos recursos e funcionalidades) e por fim, o último dígito seria reservado para as correções de falhas e de segurança (especialmente para pontuar aquelas que acontecem nas terças-feiras).
Daqui a 10 anos, será o sistema continuará sendo o mesmo? &;-D