Diferente das anteriores, a 11a. primeira geração de processadores x86 da Intel será muito especial, por estabelecer dois importantes marcos: a renovação da arquitetura interna da CPU, deixando para trás os resquícios da linha Skylake e o abandono dos famigerados IGPs Intel HD, que apesar de oferecerem um desempenho “bom o bastante” para o uso no dia-a-dia, deixam a desejar (e muito), se comparados com as soluções integradas da AMD. Em suma: teremos uma nova arquitetura “de verdade”, capaz de rivalizar com as CPUs AMD Ryzen e as suas arquiteturas Zen, que atualmente fazem um enorme sucesso!
“The official release date for the new Intel Rocket Lake CPUs has been unveiled, with the new processors going on sale on March 30, 2021. This announcement comes on the tail of German retailer, Mindfactory, deciding to sell Rocket Lake processors a month early amid claims that it was allowed to do so. You might be forgiven for thinking Intel Rocket Lake CPUs were released over at CES 2021 given all the talk of performance, specs, and the release of Z590 motherboards just after the digital tech show, but we’re actually looking at late chips landing late this month.”
— by PC Gamer.
Então, o que esperar das novas CPUs Intel Rocket Lake? Já sabemos que elas serão otimizadas para extrair o máximo de desempenho, alcançando valores de 5 GHz ou mais de frequência em modo turbo. No entanto, os chips serão limitados a apenas 8 núcleos, se comparadas com a arquitetura anterior (10 núcleos) e até mesmo com a concorrência (16 núcleos). Além disso, a nova arquitetura interna de CPU (Cypress Lake) estará disponível apenas para as unidades intermediárias e avançadas, como a Core i9, a i7 e a i5, ao passo que as unidades de entrada Core i3, Pentium e Celeron, ainda serão baseadas na arquitetura interna da 10. geração (Cove Lake). Sério, Intel? Pois estava justamente planejando a compra de um Core i3 “bom, bonito e barato”!
Quanto as unidades gráficas, as novas CPUs da Intel virão acompanhadas dos IGPs Intel Iris Xe Graphics, já presentes nas unidades móveis Tiger Lake e deixando ótimas impressões, no que concerne ao desempenho gráfico. Apesar de ainda não superarem as soluções das concorrentes, elas ainda assim rivalizam com os IGPs da AMD e até mesmo superam algumas placas dedicadas para portáteis, como é o caso da nVidia MX350. Mas infelizmente, só veremos estas unidades gráficas em ação a partir das unidades Core i9, i7 e i5, ao passo que os modestos Core i3, Pentium e Celeron ainda utilizarão o (não tão) bom e velho Intel UHD Graphics. Apesar das críticas, esta decisão faz sentido, pois estas CPUs não são focadas para o uso em jogos e dão conta do recado.
Infelizmente, a fabricação dos chips ainda continuará sendo baseada na litografia 14nm FinFET e um “monte de plus”. Tal decisão foi tomada, em vista das dificuldades técnicas que a Intel está atravessando com a litografia de 10nm, na qual os chips derivados possuem dificuldades para alcançar maiores velocidades de clock. Inclusive, existem até rumores de que ela irá terceirizar a produção das CPUs de entrada Core i3, deixando a cargo da TSMC. De qualquer forma, seja em 14 ou 10nm, estas novas CPUs certamente irão dar um novo fôlego para a Intel batalhar pelo seu espaço no mercado, já que atualmente a AMD e seus Ryzens se tornaram protagonistas.
Sem contar ainda com a “ARM mineirinha”: comendo pelas beiradas… &;-D