Quanto tempo leva para um software chegar na versão 3.0? No caso o GIMP…

… pode-se dizer “quase” uma eternidade! Não apenas considerando o longo período contabilizado a partir do seu primeiro lançamento (lá em 1996), mas também pelo fato de que os seus desenvolvedores sequer não possuem uma idéia de quando o GIMP 3.0 estará realmente pronto para a produção. Até o presente momento, apenas a versão de desenvolvimento 2.99.6 se encontra disponível, para a avaliação, que apesar de funcionar de forma relativamente estável, ainda não está pronta para o uso em produção…

“Many of the third-party plug-ins already ported for GIMP 2.99.2 or 2.99.4 will end up broken, and there is a high chance they will break again in further development releases until we stabilize the API. We apologize for this, though this is the price of making plug-ins for a program in-development. We figured it’s better to do this now rather than ending up stuck with a bad interface for the years to come (as stability will be ensured once GIMP 3 will be out).”

— by GIMP.

Certamente, nós “meros mortais” não veremos a maior parte das mudanças, já que estas são internas e focadas em sua API, que por sua vez se encontra em constante evolução. Por isto, muitos plugins de terceiros (mesmo aqueles já portados para as versões mais recentes) ainda apresentarão problemas de compatibilidade. No entanto, até o lançamento da versão estável, muito provavelmente estes problemas serão corrigidos, apesar de todos os percalços e inconvenientes causados pelo processos de acertos e correções.

Dentre outras melhorias, destaque para a flexibilidade no uso de guias fora de tela (útil para trabalhos maiores que o tamanho da tela), um seletor de modelo de caixa de diálogo para o tamanho da tela (útil para redimensionar a tela para um formato padrão, como os formatos de papel), suporte para o uso de gestos em dispositivos com telas de toque (útil para dispositivos portáteis como tablets e notebooks 2-em-1), uma nova ferramenta de seleção para recortes de imagens (ainda de forma experimental) e por fim, suporte a perfil de cores em arquivos PNG, gerados a partir de blocos gAMA e cHRM.

Apesar de não utilizá-lo em meu PC desktop (para o retoque de fotografias, utilizo bastante o gThumb), o GIMP foi um software muito especial para mim, por ter sido uma das primeiras aplicações maduras e estáveis, para ser utilizada como um “sério” substituto para as ferramentas gráficas populares, encontradas na plataforma Windows, como o Photoshop. Depois ele, outros softwares de grande popularidade, como o OpenOffice.org, o Firefox e o Thunderbird, vieram e tornaram a vida dos linuxers mais fácil e produtiva, bem como o amadurecimento dos ambientes gráficos GNOME e KDE.

Em tempo: não deixem de experimentar o Inkscape!