T-Mobile irá atrasar o desligamento da sua rede Sprint 3G em 2022!

Para mim, as tecnologias de redes sem-fio popularmente conhecidas como 3G, representaram um importante marco na indústria de telecomunicações, por atenderem os requisitos mínimos de largura de banda, para as aplicações modernas que conhecemos: acesso rápido para a Internet, downloads de aplicativos, streamings de vídeos, jogos multiplayer, etc. No entanto, algumas operadoras de telecomunicações já planejam desativá-las, em prol de tecnologias mais novas e que ofereça uma melhor relação de custo vs benefícios…

“T-Mobile said it will delay its planned shutdown of Sprint’s 3G network by three months to ensure its “partners” have time to help customers with the transition. It had originally planned to phase out the network in January; that date has now been pushed to March 31st, 2022. ‘Recently it’s become increasingly clear that some of those partners haven’t followed through on their responsibility to help their customers through this shift,’ the company said in a statement. ‘So, we’re stepping up on their behalf.’

— by The Verge.

Uma delas é a T-Mobile. Conforme já havia postado em outra oportunidade, ela planeja realizar o desligamento de suas redes com bases nas tecnologias 3G e LTE para o ano que vem (2022), deixando claro para os seus parceiros migrarem o quanto antes, para ter acesso a sua infraestrutura de redes. Porém, ela resolveu atrasar o desligamento em questão por alguns meses, para dar mais tempo aos seus parceiros tenham tempo para ajudar os clientes com a transição. Se antes o prazo inicial era o início de janeiro, agora o novo prazo será o final de março. Resumindo: eles adicionaram +90 dias para o “inevitável”!

No meio desta “bagunça” está a DISH, uma outra empresa de telecomunicações concorrente da T-Mobile e que adquiriu a Boost Mobile, com o objetivo de tomar o lugar da Sprint como a quarta maior operadora de redes móveis nos EUA. A fusão entre a T-Mobile e Sprint só foi possível graças a uma condição pré-estabelecida entre estas empresas; porém, Jeff Blum (VP executivo de assuntos externos e legislativos da DISH) acredita que o desligamento irá afetar a clientela da empresa, além do impacto para os serviços críticos como o 911. Do outro lado, Mike Sievert (CEO do T-Mobile) escreveu um post, alegando que a DISH estava “arrastando os pés para a migração de seus clientes para o 4G/5G”.

Trouxe esta novidade à tona, porque tenho as minhas reservas em relação as operadoras de telecomunicações (que operam aqui no Brasil) em relação a estes embrólios judiciais. Por exemplo, sabemos que a Oi pretende se desfazer de toda a sua infraestrutura de rede móvel, para investir na expansão de sua malha de fibra óptica e a partir dela, oferecer um leque de serviços através do portfólio Oi Soluções (para empresas). No entanto, existe algumas preocupações por parte do governo em relação a concorrência e o impacto na economia local, caso a venda destes ativos para as demais operadoras (Vivo, Claro e Tim) seja de fato, concretizada. Inclusive, a Anatel até foi acionada intermediar todo este processo e realizar as devidas auditorias.

Acredito que os leitores já “entenderam” onde eu quero chegar… &;-D