Muitos dos modelos de Chromebooks disponibilizados no mercado (senão a maioria), são designados para atender as necessidades dos estudantes em geral, os quais precisam utilizá-los como ferramenta de auxílio e suporte para o aprendizado, nestes novos tempos nos quais o ensino híbrido (no qual consiste da combinação entre as modalidades presencial e à distância) vêm dando as cartas. Porém, parece que o Google não estará sozinho neste mercado…
“This moment presents a unique opportunity to reimagine how we can use technology to empower educators and unlock new possibilities for all learners. For example, insights and tools can reduce administrative tasks so teachers can focus on what’s most important: helping their students learn. This is not about giving every kid a laptop. This is about giving each child an opportunity for a great education-one that leads to success in career and in life.”
— by Microsoft EDU.
A Microsoft anunciou anteontem (9/nov), o lançamento de todo um ecossistema de notebooks ultra-portáteis (os quais serão fabricados por diferentes empresas, como Acer, ASUS, Dell, Dynabook, Fujitsu, HP, JP-IK, Lenovo e Positivo). Estes por sua vez, deverão suportar o sistema operacional Windows 11 SE para fazer parte do programa, o qual será designado específicamente para atender as necessidades de professores e estudantes. Por fim, ela também inclui neste pacote o seu novo notebook Surface Laptop SE, o qual diferencia-se dos demais equipamentos da linha Surface, por ser comercializado por um valor mais acessível: “apenas” US$ 250.00!
Obviamente, algumas concessões foram feitas para torná-lo acessível. Comparado com os novos Chromebooks recém-lançados, o notebook também será dotado de uma tela LCD 11.6″ (com definição HD); porém, ele vai utilizar um SoC dotado de CPUs Intel Celeron N4020 e N4120 e um IGP Intel UHD Graphics 600, lançados ainda em 2019. Dada as limitações das CPUs em questão (dual-core e quad-core, com velocidade máxima de 2.8 GHz e TDP limitado a 6 Watts), não pode-se esperar muita coisa em termos de desempenho (embora a diferença também não seja tão grande). Ele também trará de 4 a 8 GB de memória RAM, além de 64 a 128 GB de armazenamento (eMMC), mas se limitará ao WiFi 5 e Bluetooth 5.0 LE em termos de conectividade. Por fim, estima-se que a sua bateria poderá oferecer até 16h de carga, algo bem acima das 12h oferecidas pelos novos Chromebooks.
Por outro lado, a Microsoft oferece bem mais recursos em termos de software. A começar pelo sistema operacional, o Windows 11 SE certamente será um sistema bem mais completo, mesmo apesar dele ser uma versão leve e customizada para esta categoria de equipamentos. No entanto, pesa contra ele a questão da performance, pois certamente irá exigir mais recursos de hardware, já que as suas CPUs são mais lentas (o que também poderá demandar mais carga da bateria). Juntamente com o sistema, também será oferecido o acesso para os aplicativos o Microsoft Office em modo offline, como parte de uma licença do Microsoft 365 (as quais geralmente são mais em conta para o uso estudantil). Por fim, Windows 11 SE poderá sincronizar as alterações off-line automaticamente, através do seu serviço de armazamento OneDrive.
Numa comparação direta, confesso que prefiro os Chromebooks, especialmente devido ao fato de usar uma arquitetura de processadores mais recente e oferecer suporte para as redes 4G. No entanto, gostei muito do sistema de dobradiça utilizado pelo novo Surface e do fato dela declarar o seu equipamento como “altamente reparável”, apesar de não dispor de uma construção mais elaborada, que possa oferecer uma maior proteção contra acidentes. No geral, o fator que vai realmente definir qual será o “vencedor” desta disputa será o preço final, já que até o momento não sabemos quanto irão custar os novos Chromebooks. Mas se estes últimos forem comercializados por valores abaixo de US$ 300.00, vai “dar rúim” para a Microsoft!
“Sorte” dela que os usuários em geral são fãs do Windows… &;-D