… escritórios oficiais em solo russo, até o final deste ano (2021). Caso contrário, elas irão enfrentar possíveis restrições ou até mesmo proibições definitivas, por parte de órgãos regulamentadores do governo. A demanda em questão foi feita nesta segunda-feira (22/nov) por Roskomnadzor, o responsável pelo órgão regulador de comunicações do país. No entanto, poucos detalhes sobre o que exatamente as empresas eram obrigadas a fazer foram dados, além destas terem em comum o fato de que já possuem escritórios na Rússia…
“Russia has demanded that 13 foreign and mostly U.S. technology companies be officially represented on Russian soil by the end of 2021 or face possible restrictions or outright bans. The demand, from state communications regulator Roskomnadzor late on Monday, gave few details of what exactly the companies were required to do and targeted some firms that already have Russian offices. Foreign social media giants with more than 500,000 daily usershave been obliged to open offices in Russia since a new law took effect on July 1. The list published on Monday names the companies for the first time.”
— by Reuters.
A lei em questão já existe há algum tempo e entrou em vigor a partir do mês de julho, com o foco em gigantes das mídias sociais (Google, Facebook, Twitter, TikTok e Telegram), as quais possuem +500mil usuários diários. O objetivo da Rússia é fortalecer seu controle da Internet e reduzir sua dependência de empresas e países estrangeiros, bem como conter ações políticas como protestos ilegais e divulgação de mensagens falsas. Inclusive, o país já multou empresas como o Twitter e o Telegram, por não excluir conteúdos ilegais.
Além do Google, a Apple também faz parte desta lista e ambas são alvos de ações judiciais, respectivamente por violações referentes a leis que regem a privacidade de dados e por abuso de posição dominante no mercado de aplicativos móveis. O “X da questão” é que o país também quer apoiar e promover seu setor de tecnologia, sobre as alternativas do Vale do Silício. Dentre as medidas tomadas este ano, estão a proposta de impostos sobre serviços digitais de propriedade estrangeira, cortes de impostos para empresas de TI domésticas e exigindo smartphones, computadores e outros dispositivos comprados na Rússia para oferecer aos usuários, softwares desenvolvidos localmente.
De um lado, temos os Estados Unidos barrando as operações de empresas asiáticas em solo americano, sob a alegação de que elas interferem na segurança nacional do país. Do outro, temos a China promovendo ações para se desvencilhar da dependência tecnológica de países estrangeiros, através de incentivos para o uso de Softwares Livres e o desenvolvimento de suas próprias unidades de processamento. E agora, temos a própria Rússia “apertando o cinto” contra as empresas estrangeiras, em prol de seus interesses locais! Nessas horas, pergunto: o que os nossos “amados” políticos estão fazendo neste instante, para se prepararem para o inevitável: conflitos e disputas no âmbito cibernético!
Estou exagerando? Talvez não… &;-D