Em 2003, adquiri um dispositivo inovador na época para o armazenamento e transferência de dados em geral: um pendrive (de marca desconhecida) com incríveis 256 MB! Até então, valia-me dos frágeis disquetes de 1.44 MB (3.1/2″) e poucos flexíveis CD-ROMs graváveis. Por utilizar uma porta USB 1.1 e uma antiga tecnologia de memória flash NAND, a sua capacidade de transferência era limitada a algo em torno de 400 kbps para gravar e 750 kbps para leitura…
“Today (9/fev) Kioxia is celebrating 35 years of NAND flash. Specifically, the company invented NAND flash in 1987. At that time, NOR was dominant and there were doubters on whether NAND would become a viable technology. It took some time, but three and a half decades later, NAND is a large market that has changed the world. We figured we would cover this for a bit of fun this week.”
— by ServeTheHome.
Mesmo com as suas limitações, me encantei com o dispositivo de tal forma, que passei a acompanhar de perto a evolução das memórias flash! Troquei de pendrive (embora nunca tenha me esquecido do primeiro), adquiri alguns cartões de memória (Memory Stick e Secure Digital para as minhas câmeras digitais) e por fim, comprei um SSD de 40 GB para melhorar a performance do meu modesto netbook EeePC, abandonando de vez os tradicionais discos-rígidos. E durante este período, pude ver “ao vivo e à cores”, a evolução das memórias flash! O que não esperava é saber que esta tecnologia existe há +30 anos!
A Kioxia (criadora) celebrou na semana passada, os 35 anos de existência das memórias flash tipo NAND! Na época (1987), outra tecnologia de memória flash já existia (NOR) e mesmo assim, a empresa decidiu investir nela para torná-la viável, com o objetivo de ser uma concorrente à altura. E deu certo: após +3 décadas, ela não só ganhou o seu espaço no mercado, como também se tornou a tecnologia dominante, superando a NOR no quesito de baixo custo e capacidade de armazenamento, embora ela deixe a desejar no quesito performance.
A sua utilização começou inicialmente nas secretárias eletrônicas digitais, pois as gravações dos recados eram feitas em fita cassete e com o passar do tempo, eram sujeitas a falhas por desgaste das partes móveis. A seguir, ela passou a ser bastante requisitada em eletrônicos portáteis, como agenda digital, reprodutores de MP3 e câmeras fotográficas. Por fim, com a evolução das tecnologias de fabricação e a melhora na performance geral, ela passou a ser fundamental para equipamentos que exigiam altas transferências de dados: PCs desktops, notebooks, tablets, smartphones, gravadoras de vídeo, etc.
E olha que ela levou +5 anos para decolar… &;-D