Em 1999, tive a oportunidade de experimentar em meu bom e velho PC desktop (Pentium 200 MMX, 32 MB de memória RAM, 6.4 GB de armazenamento e kit multimídia), a distribuição Conectiva Linux 3.0. Isto de seu em uma época onde o ecossistema do Software Livre que conhemos, não era tão belo e exuberante como nos dias de hoje. Por isto, durante um bom tempo ele se tornou um mero passatempo, até meados de 2002 quando realmente decidi por torná-lo, o meu sistema operacional preferido. Apesar de ter “brincado” com as versões 4.0 e 5.0, confesso que estava insatisfeito com a Conectiva e por isto…
“Red Hat, Inc., the world’s leading provider of open source solutions, today introduced Red Hat Enterprise Linux 9, the Linux operating system designed to drive more consistent innovation across the open hybrid cloud, from bare metal servers to cloud providers and the farthest edge of enterprise networks. Red Hat Enterprise Linux 9 is designed to drive enterprise transformation in parallel with evolving market forces and customer demands in an automated and distributed IT world. The platform will be generally available in the coming weeks.”
— by Red Hat Press Release.
… passei pela clássica fase da “ciranda das distribuições”, na qual testei várias decidir por adotar a Red Hat Linux! Utilizei as versões 7.2, 7.3 e 8.0, mas deixei-a de lado a partir da versão 9.0, em vista dos desafios propostos pela Slackware, que por sua vez me rendeu bons aprendizados. Anos depois, abandonei-a por causa do seu limitado sistema de gestão de pacotes, para enfim passar a utilizar o Debian e ficado com ela desde então (neste intervalo, cheguei a testar o Fedora e o Ubuntu). E não penso em trocá-la por outra!
Para a minha surpresa, a Red Hat lançou uma nova versão de sua distribuição: o Red Hat Enterprise Linux 9.0! Diferente das distros tradicionais, o RHEL é paga (por subscrição de serviço) e voltado para o uso corporativo, com base nas edições da distribuição Fedora. Esta por sua vez, começou como uma derivação do próprio Red Hat Linux 9, que por sua vez foi descontinuada em prol desta nova iniciativa. Voltando ao RHEL, esta nova versão se destaca por ser projetada para impulsionar a inovação para infraestruturas hospedadas “nas nuvens”, integrando ferramentas e tecnologias que possibilitam modernizar e automatizar processos.
Coincidência ou não, a versão 9 também foi lançada após a aquisição da Red Hat pela IBM, além de promover profundas mudanças em sua concepção. A partir de agora, CentOS Stream terá um papel fundamental neste ecossistema, por ser um sistema desenvolvido de forma contínua, o qual terá os códigos-fontes implementados inicialmente para ao suporte de novas tecnologias, softwares e serviços, possibilitando os desenvolvedores a testarem o sistema antes mesmo de disponibilizá-lo oficialmente nas edições estáveis do Red Hat Enterprize Linux. Enquanto isto, o Fedora continua sendo a base desta distribuição corporativa.
Parabéns para a Red Hat (e a IBM)! Ainda assim, continuo com o Debian… &;-D