O PDF (Portable Document Format) é um formato de arquivo baseado na linguagem PostScript, o qual possibilita que um exportado possa ser aberto de forma independente em qualquer aplicação, sistema operacional ou plataforma, mantendo a sua formatação original. Graças a ele, é possível editar documentos complexos no Windows e após exportá-lo para este formato, poderemos visualizá-lo sem apresentar problemas relacionados a distorções de seus elementos e renderizações de fontes. Em tese, ele não permite realizar modificações…
… exceto pelos softwares desenvolvidos pela Adobe, já que ela é a criadora deste formato (proprietário). Mas para a minha surpresa, ao navegar na Internet durante o meu tempo livre, descobri a existência dos PDFs híbridos, um novo recurso pelo qual não só podemos carregar as informações que originaram o documento exportado, como também uma cópia do próprio documento para a edição! Isto se deu pelo meu interesse em buscar maneiras de promover a edição destes formato, para atender algumas necessidades específicas para lidar com ele. Por acaso, caí em uma página da Document Foundation explicando como criar estes arquivos.
Para a minha felicidade, o LibreOffice (a minha principal suíte de escritório) suporta este recurso há tempos! Porém, por se tratar de um recurso que ainda não foi padronizado, cada aplicação faz a sua implementação o trata de maneira diferenciada, tornando-se apta a abrir apenas os PDFs híbridos originados por ela. Eis, uma dúvida (pois instrutores também têm o “direito” de não saber): sabendo que o formato de arquivos ODF é aberto, livre e padronizado e pode ser acessado a partir de qualquer aplicação que o suporte, os PDFs híbridos também herdariam esta característica? Como diz a música da Luna, “eu quero saber”! 😉
Fiz um rápido teste aqui com o Calc e ele funcionou muito bem. Criei, editei e exportei uma planilha para fins de teste, salvando-a como um PDF híbrido para ser visualizado por softwares. Logo depois, reabri o arquivo em questão para editá-lo como se ele fosse um arquivo ODF nativo, embora oferecesse a opção de salvá-lo apenas como arquivo ODF, ao invés de exportá-lo direto no formato PDF. No entanto, ainda não tive a oportunidade de experimentá-lo com outras suítes de escritório (como se houvesse muitas), mas assim que puder fazê-lo, será interessante ver como este recurso se sobressairá, mesmo em aplicações que utilizam plataformas e formatos distintos, tal como é o Microsoft Office.
Para muitos, este recurso parece ser algo bem trivial e sem maior importância prática para as suas atividades no dia-a-dia. Mas para mim, ele será muito especial, por ter que compartilhar trabalhos com outros usuários que utilizam a plataforma Windows e a suíte Office, trazendo bastante inconvenientes para a conversão de formatos de arquivos. Por isto, utilizo muito o formato PDF, já que ele mantém a formatação do documento, mesmo sendo aberto em diferentes softwares e plataformas. Apesar do Open XML ser um formato aberto e padronizado, na prática ele nasceu por causa de uma disputa da Microsoft pela dominância deste mercado, sendo “enfiado goela abaixo” por ela para obter a sua aprovação!
Ainda mais padrões, que oferecem suporte para recursos proprietários… &;-D