O GNOME é um ambiente gráfico que tem se destacado bastante no universo do Software Livre, em vista de sua abordagem voltada para simplicidade e o minimalismo, entregando apenas os recursos essenciais para os usuários, para que eles possam desenvolver as suas atividades de forma direta, prática e sem maiores distrações. Por se tratar de uma categoria de software a qual possui algumas aplicações, utilitários e ferramentas nativas e integradas, estas também acabam sendo bastante influenciados por estas bases conceituais…
“The May proposal is to use GNOME Console in place of GNOME Terminal as the default terminal app, following the GNOME 42 upstream recommendation. GNOME Console is more minimal than GNOME Terminal, there is dark style preference support, native transparency support for the GNOME Console, notifications for long-running commands, UI color changes for root/sudo terminals, and other enhancements. GNOME Console was also recently ported to the GTK4 toolkit.”
— by Phoronix.
Um deles é o antigo GNOME Terminal, uma ferramenta que disponibiliza um terminal virtual, para que possamos utilizar a linha de comando e executar as tarefas administrativas. O “X da questão” está no fato de que o seu substituto será o GNOME Console, outra ferramenta voltada para a mesma finalidade, mas que se diferencia pelo fato de ser mais minimalista (ainda) que o próprio Terminal! Em geral, tendência é que as ferramentas substitutas apresente mais recursos e funcionalidades do que aquelas substituídas, justificando assim a mudança.
Os desenvolvedores do GNOME já haviam recomendado a substituição em questão, pois além do minimalismo oferecido pela ferramenta, ela também suporta recursos gráficos que possibilitam uma melhor integração com este ambiente gráfico, como o suporte para estilos escuros e transparências nativas, além de notificações para comandos de longa duração, alterações de cores da interface do usuário para terminais root/sudo, entre outros aprimoramentos. Vale lembrar também que ela já foi portada recentemente para a biblioteca gráfica GTK4.
No momento, esta proposta será inicialmente implementada no Ubuntu. A mudança em questão ainda não foi feita, em vista da existência de alguns problemas técnicos pendentes, como o fato do Console não suportar a abertura de novas guias, no diretório de trabalho da guia atual. Porém, uma atualização já foi providenciada ainda na semana passada, para acelerar o processo de integração com o futuro Ubuntu 22.10 e a tendência é que as demais distribuições também façam esta mudança, por se tratar de uma recomendação da equipe do GNOME.
Pessoalmente, não só já havia feito a substituição do Terminal pelo Console, como também já troquei o bom e velho Gedit pelo novo GNOME Text Editor. No momento, o Console vem funcionando bem e não apresentou problemas relacionados a falhas e/ou instabilidades, apesar dele ainda ser classificado como um software em estágio beta. Já em relação ao Text Editor, a situação é um pouco diferente: já presenciei alguns travamentos (especialmente quando utilizo a sua ferramenta de buscas). Mas no geral, ele também vem funcionando relativamente bem.
Só espero que o KDE Plasma também reveja os seus conceitos… &;-D