Lembram-se do Coreboot? Ele é um projeto de código-aberto que “visa substituir o firmware proprietário (do tradicional BIOS ao moderno UEFI) que vem integrado em placas-mãe de PCs desktops, notebooks, tablet e outros tipos de computadores, sendo designado para ser rápido, confiável, seguro e de alta performance, além de oferecer uma solução de firmware moderna para a inicialização de numerosos SoCs & chipsets, sejam estes legados ou atuais”. E como todo componente de software, ele tende a evoluir com o passar do tempo…
“Due to these older AMD platforms depending upon the legacy SMP initialization path and were never ported over to the newer code, following the deprecation these targets have been dropped from upstream Coreboot. Not entirely unexpected given that these older ports were unmaintained and not being adapted for any new Coreboot features, etc. Those still running older AMD motherboards with the Coreboot firmware can continue to keep on using their existing firmware.”
— by Phoronix.
Por isto, ao mesmo tempo em que novas plataformas passam a ser contempladas, as mais antigas também deixarão de ser suportadas por este firmware. No entanto, o que me surpreendeu foi saber que algumas linhas de processadores (não tão) antigas da AMD, deixarão de ser suportadas! Refiro-me as séries 14h (Bobcat), 15h (Bulldozer & derivados) e 16h (Jaguar & Puma), o que também afetará as placas-mães que provêm suporte para estas arquiteturas! O principal motivo disso se dá por causa da existência de códigos designados para o suporte ao SMP legado, os quais não foram devidamente portados para o base de código mais recente do Upstream.
Por isto, as novas versões do Coreboot não poderão ser usadas como base para a atualização de firmware em placas-mães mais antigas, obrigando os donos destas peças a se contentarem com as edições mais antigas, tornando-as vulneráveis. Felizmente, esta classe de software só requer atualizações quando as falhas graves ou problemas de compatibilidades são encontrados, o que é relativamente raro de acontecer. Para se ter uma idéia, a remoção do antigo código para o suporte ao SMP legado (LEGACY_SMP_INIT) contribuiu para a retirada de +738 mil linhas de código, tornando a base de códigos do firmware mais enxuta!
Outro aspecto que também me deixa triste é saber que a própria AMD até então, contribuía ativamente com o Upstream para as novas plataformas, especialmente para as suas unidades de APUs. Mas contrariando as suas promessas (de oferecer suporte para as futuras plataformas), a AMD atualmente se limita a prover suporte para os hardwares utilizados em suas linhas de dispositivos Chromebook, que por sua vez requer o suporte para este firmware, em vista da necessidade do sistema operacional ChromeOS integrar funções designadas para o gerenciamento dos recursos disponíveis para esta classe de equipamentos.
Não tem jeito: o meu futuro PC será baseado em plataformas Intel! &;-D