Recentemente, governo dos Estados Unidos decidiu promover um financiamento de quase 300 milhões de dólares, para incentivar a fabricação de semicondutores (microchips) em solo americano. Este, é o estatuto federal “CHIPS Act“, promulgado pelo 117º Congresso dos Estados Unidos e sancionado pelo presidente Joe Biden, em meados deste ano. E inspirada nesta decisão estratégica (vista por muitos como necessária, por questões de soberania nacional), a Europa também decidiu fazer o mesmo…
“Much like the US, Europe could soon have its own ‘Chips Act’ law. The European Council, one of the two legislative bodies of the EU, together with the European Parliament, has adopted a common position to propose the new regulation. The goal: strengthening the EU’s competitiveness in semiconductor technologies. While the United States has passed its CHIPS Act to boost domestic research and manufacturing of semiconductors, the EU’s Chips Act should work like a monetary boost to build a novel industry capability in the most important technology business existing today.”
— by TechSpot.
Em breve, a Europa poderá ter a sua própria versão do estatuto CHIPs Act! Tal como os Estados Unidos, o principal objetivo será fortalecer a competitividade da União Européia, em um dos mercados considerado mais importante nos dias atuais: o de semicondutores! Além de incentivar o crescimento de sua capacidade industrial através de uma injeção (generosa) de recursos financeiros, ela também pretende se livrar das dependências externas, tal como acontece com os EUAs em relação aos fabricantes orientais, como a TSMC e a Samsung.
O objetivo será disponibilizar os 43 bilhões de Euros em investimentos públicos e privados, consolidados em três pilares distintos: a Chips for Europe Initiative (para apoiar a capacitação tecnológica e investigação e inovação relacionadas), uma nova infraestrutura (para garantir a segurança do abastecimento e a resiliência, além de atrair mais investidores) e um novo sistema de gestão (para monitorar a cadeia de suprimentos de semicondutores, além de coordenar uma reação rápida para atender as necessidades em situações de crise).
Como havia dito anteriormente, também acredito que não se trata apenas de garantir a evolução tecnológica e a independência em relação aos demais competidores estrangeiros, mas sim de promover a soberania dos países que fazem parte da União Européia. As minhas atenções se voltam para este assunto não só em vista da situação do Brasil, como também de todos os países que fazem parte das Américas Central e Sul, os quais sequer possuem fábricas de semicondutores em condições de concorrer contra os principais players do mercado!
Pois até o momento, só conseguimos fazer “brincos de boi”… &;-D