Se existe uma coisa que não consigo entender, é a utilização de softwares legados em sistemas modernos! No caso da Microsoft, a integração “compulsória” do Internet Explorer 11 ao Windows 10 trouxe diversos impactos negativos para os seus usuários (especialmente os corporativos), os quais dependem dos recursos oferecidos por ele para rodar determinadas aplicações e serviços. Recentemente, a empresa anunciou que o próximo Patch Tuesday (23/fev) irá remover completamente o suporte legado para este maldito navegador WEB…
“IE11 icons will be removed from Start Menu and taskbar in June, but IE’s engine Trident will live on in Windows 11. Microsoft may have retired Internet Explorer 11 on June 15, 2022, but there’s still more to do untangling it from Windows 10. Microsoft has reminded Windows users it will permanently disable IE on Windows 10 desktops via an update to Edge on February 14, 2023 — the next Patch Tuesday.”
— by ZDNet.
“Se sua organização ainda depende do IE11, você deve tomar medidas agora para concluir sua transição antes de 14 de fevereiro de 2023 ou arriscar a interrupção dos negócios em grande escala quando os usuários perderem o acesso aos aplicativos dependentes do IE11. Organizações que já fizeram a transição do IE11 para o Microsoft O Edge com o modo IE não será afetado quando o aplicativo de desktop IE11 estiver permanentemente desativado nesta data”. Eis, o alerta publicado pela própria Microsoft, na central de notificações do Windows!
Embora o Internet Explorer já tenha sido removido deste sistema, a sua engine ainda “sobrevive”, graças a um mecanismo chamado “Modo IE” no navegador WEB Microsoft Edge, que por sua vez utiliza a engine Trident para prover suporte aos serviços que ainda dependem dele. Por isto, o Modo IE terá no navegador Edge terá suporte até o final de 2029, correspondendo a cinco anos após o término do suporte do Windows 10 (out/25). Resumindo: o Trident ainda faz parte do Windows 11 e tão cedo, nos livraremos do “IÊca”!
Ao menos, temos que reconhecer o esforço da empresa em prol da modernização da infraestrutura de software, já que ela vem aos poucos desabilitando o suporte a tecnologias legadas e canalizando todas as tentativas de ativá-lo através do Microsoft Edge. Ou nem tanto: a empresa adora declarar em suas notificações de que “o Edge é o futuro” e na prática, estamos saindo da dependência de uma engine WEB mais antiga (Tridente/IE) por outra mais nova (Blink/Edge)! Felizmente, o (não tão) novo navegador WEB da Microsoft é baseada em um projeto de navegador aberto: o Chromium, patrocinado pelo Google. Menos mal…
Para as aplicações legadas (que dependem de APIs, bibliotecas e frameworks da Microsoft), não seria mais prático utilizar VMs dotadas de versões mais antigas do sistema operacional Windows? Se por um lado, esta medida aumenta os riscos (já que estaremos utilizando um sistema que não terá atualizações e patches de segurança), por outro simplificará a gestão da infraestrutura de software atual, que por sua vez poderá ser migrada para as versões mais recentes dos sistemas e aplicações em uso! De qualquer forma, ainda teríamos alguns trabalhos extras, devido a necessidade de adotar medidas de contenção para minimizar os riscos.
Em tempo: a Microsoft DEVERIA promover reformulações para o Windows? &;-D