Há anos, sabemos que o mercado de TI não é muito receptível para as mulheres em geral (e até hoje, não entendo o porquê). Além da menor representação na área, em geral os seus vencimentos são inferiores (mesmo assumindo as mesmas responsabilidades e executando as mesmas tarefas que os homens), possuem maiores dificuldades para serem promovidas (mesmo com uma boa formação acadêmica) e não raro, são frequentemente discriminadas no mercado de trabalho…
“And the numbers back up this assertion, often in stark ways. Lack of representation for women in the IT industry can be attributed to a wide array of often interrelated factors, and its persistence has follow-on effects in terms of compensation, opportunity, and safety in the workplace. Companies that emphasize equity and inclusion, however, are making inroads when it comes to promoting the careers of women – and retaining them.”
— by CIO.
O porta CIO atualizou um artigo (publicado originalmente em 2020), o qual traz vários dados referente a presença das mulheres (e outros gêneros) no mercado de TI, que por sua vez estão categorizadas em 11 aspectos relacionados as carreiras deste setor. Se as baixas estatísticas declaradas por si só já eram vistas como preocupantes (em comparação com demais profissões no mercado de trabalho), elas se tornam ainda mais alarmantes por também confirmarem uma tendência indesejada: a queda da participação das mulheres nestes últimos 35 anos!
Dentre os aspectos analisados, estão: a falta de oportunidades em geral (de trabalhos, de promoções, de financiamentos, etc), a baixa quantidade, retenção de valores e representação das mulheres neste segmento, a falta de respeito, os assédios e as humilhações por parte dos colegas do sexo masculino e as dificuldades para obter formações e diplomas na área (com altos índices de desistência). No geral, todas estas variáveis acabam criando um ambiente inóspito para a saúde e bem estar das mulheres em geral e o resto, já sabem…
Resumindo: se a área de Tecnologia da Informação já sofre (bastante) com a falta de profissionais qualificados no mercado, o cenário acabará se tornando mais crítico (ainda), pois além deste setor perder mãos de obra especializada e com grande potencial, também se tornará menos flexível e versátil: as (poucas) empresas que abraçaram a diversidade e inclusão, já relataram que as suas equipes de profissionais em geral “têm melhor desempenho, contratam melhores talentos, têm membros mais engajados e retêm funcionários melhor”.
Pessoalmente, PREFIRO trabalhar com as mulheres (embora não tenha nada “contra” os homens)! E isto não se dá em relação as suas capacidades e/ou competências, mas sim por promoverem, filosofias, métodos e abordagens distintas, que enriquecem e complementam uma equipe de TI, ainda que esta seja formada de forma majoritária por homens. Em geral, elas são mais pacientes, organizadas, resilientes, multitarefas, coordenadas e intuitivas, além de mais eficazes em processos de comunicação, sem contar ainda a sua natural empatia.
E de quebra, elas tornam o ambiente bem mais agradável… &;-D