… a opinião de Atalay Kelestemur, um especialista em segurança da informação, gerente de programas da distribuição AlmaLinux OS e (também) um editor da Cloud7. Segundo ele, o ecossistema de código aberto oferece vários benefícios em termos de flexibilidade e controle (sobre o sistema operacional), dando aos desenvolvedores a possibilidade de otimizar o desempenho dos seus jogos, bem como lhe conferir recursos que não seriam possíveis em outros sistemas…
“Linux gaming is getting more important day by day, with more and more game development companies supporting the operating system. One of the most important factors behind Linux’s rise is the increase in the open-source trend. Unlike Windows and macOS, Linux is open-source, meaning anyone can access and modify its source code.”
— by Cloud7.
Dentre os diversos aspectos favoráveis, estão a força da sua grande comunidade de código aberto, os grandes investimentos que a Valve têm feito para a sua plataforma de distribuição digital Steam (baseada em Linux), os benefícios do desenvolvimento multiplataforma e por fim, o mais importante: o impacto das nuvens para a oferta de jogos como serviços, as quais utilizam massivamente o Linux como um dos pilares destas infraestruturas de softwares!
Apesar de ser um usuário apaixonado pelo sistema e (também) apostar as minhas fichas em sua evolução nesta área, pessoalmente NÃO acredito na possibilidade do Tux se tornar uma grande plataforma para jogos (ao menos, nos mesmos moldes que o Windows é atualmente). Porém, se profundas mudanças na computação pessoal como conhecemos acontecerem, aí a realidade será bem diferente: o Linux não só irá conquistar o seu espaço no mercado de jogos, como também se tornará um grande protagonista neste segmento! Mas…
Muitos apontam a adoção do Windows (e o foco da indústria de TI) como o grande diferencial deste sistema, partindo do princípio de que quanto mais usuários, maior será a adesão aos jogos oferecidos. Mas na prática, a sua capacidade de manter a compatibilidade (binária) com as aplicações mais antigas é o seu grande diferencial! Por se tratar de um sistema em constante evolução, as APIs, as bibliotecas e os frameworks do Linux frequentemente quebram a compatibilidade com as aplicações mais antigas, especialmente se elas forem proprietárias.
E se não bastasse a evolução constante do sistema, ainda temos que lidar com a diversidade das distribuições que existem no mercado, as quais promovem uma fragmentação e tornam a vida dos desenvolvedores um inferno, já que eles terão que fornecer compilações para cada plataforma e respectivos gestores de pacotes. Sem contar ainda com a ascensão da ARM e dos ultraportáteis que utilizam os SoCs desenvolvidos com base no set de instruções ARM, os quais vão requerer mais binários alternativos (inclusive para atender o próprio Windows).
Jogos para Linux, só mesmo em plataformas de consoles… &;-D
Mas com a adoção de novos métodos de empacotamento de software para Linux (snap, appimage, flatpak…) esse problema com o excessivo número de distros não seria amenizado?
Sim, resolveria a questão das diversidades de distro. Mas ainda assim, acredito que o problemas da infraestrutura de software continuaria. Há muito tempo atrás, fiquei muito P da vida quando um determinado jogo que adorava, não rodava mais no meu sistema por causa da versão (atualizada) da glibc. O jeito é torcer para que as investidas sejam feitas em torno de um denominador comum (SteamOS).