Já decidiu qual será a sua nova placa-mãe para as CPUs da AMD? Pois…

… se já não bastassem as diversas opções de fabricantes e modelos, ainda deveremos levar em conta os chipsets! Apesar da evolução tecnológica ter proporcionado uma maior integração dos componentes eletrônicos (que antes, faziam parte do chipset “ponte-norte”) diretamente no chip da APU ou CPU, ainda assim temos que considerar as conexões que necessitamos estabelecer com os demais componentes do sistema (que antes, faziam parte do chipset “ponte sul”)…

“The designations X670, B650, and A620 refer to the motherboard’s chipset – the chip (or two chips) that connect the CPU to other components in the system. In the past, the chipset consisted of a northbridge chip, which connected the CPU to the RAM and graphics card, and a southbridge chip, which connected the northbridge to the rest of the components. Nowadays, however, the functionality formerly attributed to the northbridge is integrated into the CPU, which connects directly to many components.”

— by TechSpot.

Os chipsets atuais (os quais passaram a ser chamados de HUB) fornecem vários links PCI-Express (que podem variar em termos de quantidade e velocidade), os quais provêem suporte para as placas de vídeo e unidades de armazenamento SSDs mais recentes (baseadas no padrão NVMe). A seguir, a quantidade de portas SATA (para unidades de armazenamento SSDs, HDDs ou ópticas) e o número de portas USB (e suas respectivas velocidades de tráfego) também são determinantes, para diferenciar os chipsets mais básicos (voltados para as máquinas de entrada) dos mais avançados (designados para os equipamentos mais potentes).

Para o novo soquete AM5, a AMD traz novos chipsets: o X670 (high-end), o B650 (mainstream) e o A620 (entry-level). O poderoso X670 oferece até 44 canais PCI-Express (tendo edições com PCIe 5.0 e 4.0), 8 portas SATA 3.0 e 14 portas USB 3.0 (até 2x 20 Gbps, 12x 10 Gbps e 12x USB 2.0). Já o B650 possui especificações mais modestas, com 36 canais PCI-Express (tendo edições com PCIe 5.0 e 4.0), 4 portas SATA 3.0 e 7 portas USB 3.0 (até 1x 20 Gbps, 6x 10 Gbps e 6x USB 2.0). Por fim, o modesto A620 é limitado a 32 canais PCI-Express 4.0, 4 portas SATA 3.0 e apenas 4 portas USB 3.0 (até 2x 10 Gbps, 2x 5 Gbps e 6x USB 2.0). Diferente dos demais, o A620 não possui suporte para overclock.

Além dos canais de dados e das conexões suportadas, também temos que levar em consideração a quantidade de módulos reguladores de tensão (VRM) suportada por cada chipsets. Obviamente, o X670 irá suportar maiores quantidades de fases (embora não tenham sido declaradas), já que são chipsets projetados para sistemas de alto desempenho e montados com CPUs e GPUs que consomem bastante energia; já o A620 terá um arranjo bem mais modesto, sendo limitado a CPUs com TPD máximo de 120 Watts e com suporte para uma única placa de vídeo. Por fim, o B650 se situa como o meio termo entre o X670 e o A620, embora (acredite que) as suas especificações técnicas o aproxime mais do chipset avançado.

Qual destes chipsets devo escolher? Não é preciso dizer que as opções que se encontram disponíveis deverão estar alinhadas de acordo com a categoria do equipamento a ser montada. No geral, as três atendem perfeitamente as necessidades dos seus respectivos perfis de equipamentos e se eu tivesse que escolher uma delas, optaria pelo A620. Apesar de ser a opção mais modesta, acredito que este chipset possibilitaria montar bons PCs desktops (até mesmo) intermediários, além de uma boa máquina para jogos se for adicionada uma boa placa de vídeo mainstream (como a Geforce 3060 ou a Radeon RX 6600).

E de quebra, não nos obrigaria a “vender um rim” para comprar… &;-D