Quando falamos em tecnologia de virtualização, praticamente a associamos o termo e todas as suas referências ao VMware, que ao mesmo tempo se refere tanto a plataforma de virtualização, quanto a empresa que a desenvolve e a mantém! Fundada em 1998, a VMware Inc. lançou o VMware Workstation, um hipervisor que permite criar e configurar máquinas virtuais (instâncias que simulam o hardware de um PC desktop) e instalar neles, diversos tipos de sistemas operacionais…
Infelizmente, a plataforma de virtualização é proprietária e para contar com todos os seus recursos e funcionalidades, será necessária a aquisição de uma licença de uso ou uma subscrição para os seus serviços. No máximo, poderemos apenas contar com uma edição gratuita para o uso não comercial: o VMware Workstation Player! Por isto, softwares de virtualização alternativos (e livres) passaram a ganhar espaço entre os usuários e um deles, é o VirtualBox.
Desenvolvido pela empresa alemã InnoTek, lançado no início de 2007 e posteriormente adquirido pela Oracle Corporation, o VirtualBox é uma plataforma de virtualização bem mais modesta, se comparado com o VMware ou até mesmo o Hyper-V. Embora tenha sido concebido inicialmente como software proprietário (e também contando com uma versão para o uso pessoal para testes), o VirtualBox posteriormente se tornou um software livre, sob os termos da licença GNU GLP.
Em geral, os usuários tendem a utilizar softwares ou serviços que sob o seu ponto de vista, consideram “os melhores do mercado” e não raro, as suas escolhas acabam sendo direcionadas para aqueles que são poderosos, ofereceram uma ampla gama de recursos e funcionalidades (ainda que não precisem deles) e acima de tudo, possuem um nome de peso no mercado. Em relação a estes aspectos, de fato a VMware é a grande líder no mercado! Mas…
Por incrível que pareça, os usuários (que conheço) preferem o VirtualBox! Sejam eles casuais, estudantes, técnicos ou especialistas, tenho observado que a grande maioria deles possuem apenas as edições do VirtuaBox instalado em seus sistemas, os quais geralmente o utilizam para testar alguma distribuição GNU/Linux ou até mesmo as novas edições do sistema operacional Windows. Inclusive, posso até contar nos dedos, quantas vezes precisei lidar com o VMware Player!
Ambos os softwares são praticamente “equivalentes” em termos de recursos, funcionalidades e compatibilidades (se comparadas as edições para o uso pessoal), tendo o VMware Player a vantagem de utilizar melhor os recursos de hardware do sistema hospedeiro. Lembro-me de alguns usuários terem me confidenciaram que acham o VirtualBox “mais fácil e prático de usar”. Não que eu discorde (muito pelo contrário), mas por já ter utilizado o VMware Player em outras oportunidades, não o considero tão complexo a ponto de “assustar” os usuários!
Até então, usava o VirtualBox especialmente em vista da sua licença aberta. Porém, a aquisição por parte da Oracle acabou esfriando um pouco o meu interesse por esta plataforma, em vista dos conflitos que ela teve com a comunidade do Software Livre. Por ter adquirido a Sun Microsystem, a empresa também se tornou dona não só da marca do VirtualBox, como também do OpenOffice.org e do MySQL. Estes dois últimos projetos tiveram forks, como resultado da insatisfação por parte dos seus colaboradores: o LibreOffice e o MariaDB, respectivamente.
Por incrível que pareça, o VirtualBox continua “firme e forte”! &;-D