Apesar de estar a par sobre os principais assuntos relacionados a TI (pois sou um Instrutor de Informática), se existe um tema que confesso ter pouco domínio (para não dizer nenhum), este é o campo da Computação Quântica! Diferente dos processadores tradicionais que lidam apenas com bits & bytes (“zeros e uns”), as unidades quânticas conseguem manipular um maior volume de dados com muito mais performance, já que trabalham com unidades de medidas dotadas de maior capacidade para a representação dos dados: eis, os qubits…
“Today (15/jun), Intel announced the release of its newest quantum research chip, Tunnel Falls, a 12-qubit silicon chip, and it is making the chip available to the quantum research community. In addition, Intel is collaborating with the Laboratory for Physical Sciences (LPS) at the University of Maryland, College Park’s Qubit Collaboratory (LQC), a national-level Quantum Information Sciences (QIS) Research Center, to advance quantum computing research.”
— by Intel Newsroom.
No entanto, tais máquinas ainda estão sendo desenvolvidas e por isto, não há produtos disponíveis no mercado. Mas no que depender da Intel para acelerar estes processos (e construir um sistema de computação quântica comercial full-stack), este cenário irá mudar: ela lançou o Tunnel Falls, um novo chip spint qubit (baseado no controle do spin de portadores de carga em dispositivos semicondutores), dedicado para as pesquisas relacionadas à Computação Quântica e que por sua vez será disponibilizado para a comunidade de pesquisadores.
Segundo a Intel, o Tunnel Falls é o primeiro dispositivo de spin qubit de silício da empresa lançado para a comunidade de pesquisa. Fabricado em wafers de 300 milímetros, o dispositivo de 12 qubits aproveita os recursos de fabricação industrial de transistores mais avançados da Intel, como litografia ultravioleta extrema (EUV) e técnicas de processamento de portas e contatos. Cada dispositivo qubit é essencialmente um transistor de elétron único, o que permite à Intel fabricá-lo usando um fluxo semelhante ao usado em uma linha de processamento lógico de semicondutor de óxido de metal complementar (CMOS) padrão.
O chip Intel Tunnel Falls possibilitará aos pesquisadores, iniciar os seus trabalhos em experimentos e pesquisas de forma imediata, ao invés de ficarem perdendo tempo na fabricação dos seus próprios dispositivos. Em suma: se concentrar naquilo que sabem fazer melhor, resultando também em uma gama mais ampla de experimentos, além de aprender mais sobre os assuntos relacionados, como fundamentos de qubits e pontos quânticos, bem como desenvolver novas técnicas para trabalhar com dispositivos com múltiplos qubits.
Dentre os profissionais “entusiasmados”, estão Dr. Dwight Luhman (membro da equipe técnica do Sandia National Laboratories) e Mark A. Eriksson (chefe do departamento e professor de física do Departamento de Física da Universidade de Wisconsin-Madison). Na opinião de Luhman, o chip será bastante útil, por permitir “comparar diretamente diferentes codificações qubit e desenvolver novos modos de operação qubit, o que não era possível para nós anteriormente”. Já Eriksson, ele ressalta que o chip irá “abrir oportunidades importantes tanto para avanços técnicos quanto para educação e desenvolvimento da força de trabalho”.
Em tempo: será que estas máquinas conseguirão rodar Crisys? Se sim, então… &;-D