Há muitos anos, as distribuições GNU/Linux contavam com diversas interfaces gráficas para as estações de trabalho. Elas se diferenciavam dos ambientes gráficos, em vista da sua simplicidade e baixo consumo de recursos, contando apenas com um simples gestor de janelas e as ferramentas básicas para o seu ajuste e configuração, além de um lançador de aplicações e um terminal virtual. Já os “poderosos” ambientes gráficos – como o GNOME e o KDE – não só contam com estes elementos, como também uma basta coleção de aplicações nativas, bibliotecas, frameworks e APIs, para o seu desenvolvimento…
“For those that have fond memories of the NeXTSTEP days and in particular its graphical user interface during the pre-Apple times, Window Maker 0.96 was released this weekend for that X11 window manager inspired by the NeXTSTEP GUI. Window Maker 0.96 is the first update to this NeXTSTEP-inspired window manager since 2020. Window Maker 0.96 adds support so screen corners can be assigned an external command to be executed when the mouse pointer enters the respective areas…”
— by Phoronix.
Dentre elas, está o Window Maker! Criado pelo brasileiro Alfredo Kojima, este gestor de janelas foi inspirado na interface gráfica do NeXTSTEP, que por sua vez foi o sistema operacional concebido pela Next Inc. para os seus PCs desktops. Embora muitos “nunca ouviram falar” sobre esta empresa, saibam que o seu fundador foi nada menos que Steve Jobs, após a sua saída conturbada da Apple ainda nos anos 80. Apesar das vendas dos seus produtos terem sido limitadas, a interface do seu sistema se tornou um grande sucesso e inspirou outros fabricantes a adotá-la, como é o caso da própria Apple após o acordo de aquisição da Next Inc.
E o Windows Maker, não morreu! No início do mês foi lançada a atualização 0.96 e com elas, algumas melhorias pontuais foram trazidas. Em destaque, a adição do suporte para comandos especiais no canto da tela, os quais podem ser acionados a partir do posicionamento do ponteiro do mouse em suas respectivas áreas. Já em relação ao teclado, novas preferências relacionadas a atalhos também foram adicionadas, bem como o suporte para as dicas de janelas. Até mesmo o Dock foi contemplado para ser mantido “encaixado” na tela principal, em cenários onde são utilizados múltiplos monitores. Por fim, a biblioteca se tornou uma dependência opcional para a interface e por isto, não é mais necessária a sua instalação (exceto se outras aplicações gráficas necessitarem dela).
Embora a grande maioria dos linuxers optem pelos ambientes gráficos GNOME, KDE e Xfce (sendo este último, visto como o “meio-termo” entre ambientes e interfaces), muitos ainda preferem as interfaces gráficas geralmente por dois motivos: o baixo consumo de recursos computacionais (sendo ideal para computadores antigos e lentos), a simplicidade de uso e a alta responsividade. Sim, conheço alguns usuários que não abrem mão do velho Window Maker ou o belo e personalizável Enlightenment, para o uso das suas estações de trabalho no dia-a-dia! Com poucos cliques do mouse e um bom terminal virtual, eles têm tudo o que precisam ao alcance das mãos… literalmente!
Para maiores informações, não deixem de consultar a sua página oficial. &;-D