Há tempos, reforço a idéia de que para ser bonito e agradável, um jogo de videogame não precisa ter gráficos sofistcados e/ou ultra-realistas: basta apenas ser bonito e agradável, para atender a proposta do jogo em questão! Dentre os principais títulos disponíveis no mercado, até então considerava The Legend of Zelda: Breath of the Wild (exclusivo para o console Nintendo Switch) o maior expoente desta categoria. Porém, um lançamento posterior roubou a cena (ao menos, em termos gráficos): eis, Immortals Fenyx Rising! Desenvolvido pela Ubisoft e inspirado nos mais recentes jogos da série Zelda…
Ambientado em um mundo aberto e baseado nas mitologias e tradições da Grécia Antiga, Immortals Fenyx Rising se destaca por ser um jogo de ação e aventura em terceira pessoa, com sua pegada leve e bem-humorado, além da boa jogabilidade em relação às movimentações e mecânicas de combates (apesar da pouca variedade de inimigos). Tem como grande destaque, os diversos quebra-cabeças inseridos na dinâmica do jogo, além das “picuinhas” entre Zeus e Prometheus, que promovem boas risadas durante as campanhas. O jogo em questão também possui alguns elementos de RPG (embora não seja o suficiente para classificá-lo neste estilo), além de promover algumas personalizações básicas para o protagonista.
Embora não seja considerado um grande jogo e tenha recebido avaliações bem modestas para um título classe AAA (na maioria das análises, a sua nota não passa de 7.0), o grande diferencial do Immortals Fenyx Rising é (na minha opinião) a sua bela qualidade gráfica! Com base em gráficos simples e cartunescos, eles são bem definidos e dotados de poucas texturas, além de contar com o suporte para a tecnologia Ray-Tracing para os efeitos de iluminação (ainda assim, exige bem menos poder de processamento, se comparado com os jogos atuais ultra-realistas). Mesmo com gráficos “simplórios”, o seu visual é espetacular!
Tão bons, que não só possibilitou os consoles de 9a. geração rodá-los com a melhor performance possível nas suas resoluções padrão (4K para o PS5 e o XSX), além de manter estável a taxa de quadros por segundo (60 FPS para o PS5 e o XSX). Já para o Xbox Series S, podemos rodá-lo tanto em modo performance (1080p a 60 FPS, sem Ray-Tracing) ou em modo qualidade (1440p a 30 FPS, com Ray-Tracing), se comportando de maneira bastante estável durante toda a diversão. Até mesmo os consoles mais antigos (PS4, Xbox One e Nintendo), ele pode rodar relativamente bem, respeitando as suas limitações tecnológicas.
A adaptação para o Nintendo Switch merece alguns comentários adicionais. Apesar de ser um video-game mais recente que os demais consoles de 8a. geração, o Switch foi designado para ser um portátil e dada a necessidade de dispor de um dispositivo compacto e com boa autonomia de bateria, o seu hardware possui especificações técnicas limitadas para rodar títulos AAA. Ainda assim, ele consegue rodar o Immortals Fenyx Rising relativamente bem, apesar de terem sido feitos diversos ajustes na qualidade gráfica para reduzir a carga sobre o dispositivo. Mas nada que comprometa o bom visual entregue pelo jogo!
Sei que muitos irão questionar as minhas opiniões em relação a estes dois belos jogos. Segundo algumas análises (que li “por aí”), The Legend of Zelda: Breath of the Wild é um jogo bem mais maduro e polido, ao passo que o Immortals Fenyx Rising oferece uma qualidade superior em termos gráficos e abordagens melhores para determinadas tarefas e mecânicas. Já outros, acabam enxergando exatamente o contrário e não raro, ainda tem aqueles que se sente “incomodados” pelo fato de um se inspirar fortemente em outro (vai entender isso). Seja como for, a grande verdade é que ambos são dois grandes e belos títulos e merecem ser jogados!
E em pensar que quase comprei o Nintendo Swich, por causa deste Zelda… &;-D