Especificações técnicas de PCs desktops: quais seriam as definições…

… ideais para cada categoria de equipamento? Embora elas possam variar de acordo com as necessidades dos usuários, em geral os PCs desktops (e demais computadores) se encaixam em três categorias: básica, intermediária e avançada. No entanto, muitos perfis de hardware acabam trazendo combinações que além de mesclar componentes de categorias distintas, também não possibilitam extrair o máximo de performance oferecido por eles (efeito popularmente conhecido no mercado como “gargalo”)! Não raro, muitas destes arranjos acabam até trazendo prejuízos para o funcionamento do equipamento em questão…

Então, quais seriam as definições ideais para cada categoria de equipamento? Eis, uma definição geral do que deveremos encontrar nos PCs desktops que são vendidos em diversas lojas especializadas, que deveremos seguir de acordo com as nossas preferências e necessidades. Por ora, iremos desenvolver um trabalho direcionado apenas aos componentes essenciais para o funcionamento destes equipamentos, destacando-se os processadores, o subsistema gráfico, a memória RAM e as unidades de armazenamento. Já em relação aos demais componentes (e periféricos), as escolhas ficam por sua conta! 🙂

Processadores: a Intel oferece as CPUs Core i3, i5 e i7, ao passo que a AMD oferece as CPUs Ryzen 3, 5 e 7. Sem maiores mistérios, o dígito “3” é designada para os PCs de entrada, ao passo que o dígito “5” é recomendado para os PCs intermediários e por fim, o dígito “7” é reservado para os PCs avançados. Abaixo disto, temos as CPUs Intel Pentium, Celeron e “N”, além das CPUs AMD Athlon, que por sua vez são designadas para mercados de baixo custo e consumo. Na outra ponta, temos também as CPUs Intel Core i9 e AMD Ryzen 9, projetadas para atender a um seleto grupo de usuários que querem performance acima de tudo!

Quanto ao subsistema gráfico, os PCs de entrada podem contar tanto com o IGP ou vídeo integrado (caso não pretenda executar jogos) quanto as placas de vídeo de entrada da Nvidia e AMD, as quais possuem no seu código numérico o terceiro dígito com valores entre 1 a 4; já para os PCs intermediários, este dígito pode variar entre 5 a 6, dependendo do fabricante e modelo da unidade e por fim, os PCs avançados deverão optar por GPUs que possuem o dígito em questão situado entre 7 a 9. Diferente das CPUs, outros aspectos também deverão ser observados, como é o caso do barramento de dados (64, 128 e 256 bits ou superior).

Já em relação a memória RAM, temos três definições distintas em relação as categorias: 8 GB para os PCs de entrada, os quais são suficientes para dar conta do sistema operacional e as aplicações básicas, além dos jogos configurados para atender aos requisitos mínimos; 16 GB para os PCs intermediários, os quais são essenciais para o uso de aplicações mais pesadas, bem como a virtualização de sistemas e a execução de jogos modernos em suas definições padrão; 32 GB para os PCs avançados, os quais inclusive atendem com folga as atividades relacionadas a aplicações que demandam muita RAM, além de jogos em alta definição.

Por fim, o sistema de armazenamento pode ser mais flexibilizado: enquanto que 256 GB atendem as necessidades dos PCs de entrada, 512 GB a 1 TB são capacidades ideais para os PCs intermediários e por fim, recomendo 1 TB ou acima disso para PCs avançados. Além do espaço disponível, as tecnologias envolvidas também assumem uma importância vital, como o uso de unidades SSDs com conexões SATA ou mSATA para os PCs de entrada, ao passo que os demais necessitarão de unidades SSDs baseadas no formato M.2/NVMe, diferindo-se também na capacidade de transferência de dados e suporte para o barramento PCI-Express.

Complicado? Nem tanto! Um PC desktop definido corretamente (de acordo com a sua categoria), certamente irá prestar bons serviços para os seus usuários, além de fazer valer o investimento feito e garantir um bom retorno em termos de produtividade, experiência de uso e satisfação. Inclusive, não há nada de errado em mesclar componentes de categorias diferentes, como é o caso de PCs de entrada com grande capacidade de armazenamento ou PCs intermediários com GPUs modestas, os quais geralmente são projetados para atender necessidades específicas.

O duro é ver certos PCs anunciados com especificações bem “capengas”… &;-D