… para os dispositivos vestíveis (wearables)! A partir desta colaboração, teremos as CPUs baseadas no set de instruções RISC-V, combinado com o suporte para o sistema operacional Google Wear OS, para dispor de um novo ecossistema forte e consolidado para esta categoria de produtos. Tal como aconteceu durante muitos anos com os PCs desktops, onde a Intel e a Microsoft estabeleceram parcerias para consolidar o mercado de computadores pessoais? Eita…
“Qualcomm Technologies, Inc. announced today that they are building on their long-standing collaboration with Google by bringing a RISC-V based wearables solution for use with Wear OS by Google. This expanded framework will help pave the way for more products within the ecosystem to take advantage of custom CPUs that are low power and high performance. Leading up to this, the companies will continue to invest in Snapdragon Wear platforms as the leading smartwatch silicon provider for the Wear OS ecosystem.”
— by Qualcomm Press Note.
O objetivo da Qualcomm é expandir a sua plataforma Snapdragon Wear (hardware) e assim, se manter no mercado como o fornecedor líder no segmento de silício (chips), segundo Dino Bekis (vice-presidente e gerente geral de soluções de wearables e sinais mistos da Qualcomm). Já o Google, reconhece que a Qualcomm tem sido um pilar que sustenta o ecossistema formado em torno do Wear OS (software), que por sua vez é um sistema operacional derivado do Android e customizado para atender as necessidades desta classe de dispositivos, segundo Bjorn Kilburn (gerente geral do Wear OS do Google). Eita, dupla imbatível!
O resultado desta mútua colaboração, será a expansão de toda esta estrutura e assim, preparar o caminho para o lançamento de mais produtos (e serviços) dentro deste novo ecossistema, os quais aproveitem as vantagens de CPUs personalizadas com ênfase em baixo consumo de energia e alta performance (para um dispositivo desta categoria). Além disso, as empresas continuarão a realizar investimentos tanto a nível de hardware (plataformas Snapdragon Wear), quanto a nível de software (sistemas Wear OS). Vale lembrar que elas também juntaram-se recentemente a outros líderes da indústria, para lançar o RISC-V Software Ecosystem (RISE).
Porquê a opção pelo set de instruções RISC-V, ao invés do (já consolidado) set de instruções ARM? Simples: com uma arquitetura de conjunto de instruções (ISA) aberta (tal como no mundo do Software Livre), o RISC-V incentiva a inovação ao permitir que qualquer empresa desenvolva núcleos totalmente personalizados, ao passo que com a ARM isto só é possível através do licenciamento da propriedade intelectual da ARM Holdings. Além disso, também permitirá que mais empresas entrem no mercado, o que cria maior inovação e concorrência, sendo beneficiadas pela abertura, flexibilidade e escalabilidade do RISC-V.
Foi-se o tempo, em que um relógio servia apenas para consultar as horas… &;-D