2024: será este, o “ano do Linux”? Provavalmente, não! Mas diferente…

… dos anos anteriores, acredito que teremos boas notícias! Embora o infame memê de que o “próximo ano será o ano do Linux” tenha atormentado a vida de muitos linuxers e entusiastas do Software Livre, até então existia uma crença geral de que as distribuições GNU/Linux (juntas), jamais iriam conquistar uma boa participação de mercado. Durante muitos anos, o percentual de usuários que adotaram o sistema em seus desktops ficou estacionado em 2%, com variações mínimas durante estas últimas duas décadas…

Mas para a minha surpresa, constatei recentemente que ele já atingiu a marca de 3%! O portal irlandês StatCounter, especializado em realizar as estatísticas do uso de navegadores, de sistemas operacionais, de serviços de redes, etc (através de medições feitas com bases em tráfegos WEB), registrou em seus gráficos ilustrativos que as tradicionais distribuições GNU/Linux chegaram a incríveis 3,21%, em sua última medição registrada para o mês de novembro! No entanto, foi apenas a partir de junho é que a marca dos 3% foi superada e a excessão de outubro (2,92%), as estatísticas estiverem sempre acima deste valor.

Obviamente, os demais números também deixam boas (e fortes) impressões. O sistema operacional Windows, que até então estava em quase 90% dos desktops pessoais durante muitos anos, passou a estar abaixo da marca dos 70% a partir de março, tendo sido registrado também uma grande queda para os meses de abril e maio (63%). Embora tenha se recuperado a partir de junho, ele ainda continua abaixo dos 70%, embora na maior parte do tempo encostando neste valor. Já o macOS, este tabém superou a marca dos 20% a partir de junho e desde então, não para de crescer (embora em um ritmo muito lento).

Por fim, também não poderemos ignorar a modesta participação do Chrome OS, que por sua vez supera as distribuições GNU/Linux por uma pequena margem (3,73%). Apesar de ser um sistema desenvolvido pelo Google e usado de forma independente, deveremos levar em conta que ele também utiliza o kernel Linux e em tese, elevaria a marca Tux como um todo. Porém, a empresa há tempos vem promovendo o Fuchsia, um novo kernel (também baseado em Unix) que tem como missão, substituir o kernel Linux em vários produtos oferecidos pela empresa.

Então, o que esperar do “Linux nos desktops” para 2024? Da minha parte, já estou bastante feliz em ver o sistema muito bem consolidado no mercado, pois além de já ser a plataforma mais poderosa para o desenvolvimento de aplicações e o uso de ferramentas para a administração de redes, ele também se tornou um dos pilares para a computação em nuvem, juntamente com a virtualização e as tecnologias de conexões de banda-larga para o acesso a Internet. Mas também torço para que este percentual, aumente entre os profissionais de TI!

Uma pena, que o FreeBSD nos decepcionou com míseros 0,01%… &;-D