O que fazer com os PCs desktops que não suportam o Windows 11?

Eis, a situação de muitos usuários que possuem e/ou utilizam equipamentos antigos que, apesar de ainda prestarem bons serviços, não são compatíveis com os requisitos mínimos necessários para rodar o Windows 11. Por isto, eles serão “obrigados” a continuar com o Windows 10 que por sua vez, irá perder o suporte dado pela Microsoft. Não tem jeito: ou descartam o equipamento antigo e adquirem um novo capaz de suportar o novo sistema, ou experimentem uma distribuição GNU/Linux que seja compatível para ser utilizado nestas máquinas. Infelizmente, nenhumas destas duas opções agradam a grande maioria dos usuários…

“It’s estimated that cyber crimes will cost $10.5 trillion annually by 2025.1 How are you planning to protect your business from this growing threat? Traditionally, upgrading to the latest available operating system has been a viable way to reduce the chance of an attack, but with hundreds of millions of Windows 10 devices losing support soon because they are ineligible for the newest version of Windows, finding a way to keep these PCs secure and sustainable should be a top priority. With ChromeOS Flex…”

— by Google Cloud Blog.

De olho nesta oportunidade, Naveen Viswanatha (Chefe de produto comercial do ChromeOS) aproveitou para apresentar (e promover) o Google ChromeOS Flex, uma adaptação do já conhecido e consagrado sistema operacional ChromeOS, que pode ser instalado e executado em sistemas computacionais dotados de processadores x86, através da imagem de instalação do sistema previamente preparada em um pendrive. Por se projetado para tirar proveito dos serviços “nas nuvens” oferecidos pelo Google, o sistema consome pouquíssimos recursos computacionais e por isto, poderá ser rodado sem restrições em equipamentos antigos e defasados!

Por se tratar de um artigo voltado para promover o sistema, ele descreve as suas vantagens e aplicações em diversos aspectos, que por sua vez são organizados em diferentes tópicos: segurança, familiaridade, produtividade, gerenciamento, soluções de terceiros, flexibilidade, baixo custo (suporte e hardware), economia, eficiência e aplicações. No final da publicação, é apresentada uma seção do site oficial do sistema para o produto oferecido pelo Google, além das orientações básicas para realizar a instalação do mesmo. Resumindo: pura propaganda! Mas isto não quer dizer que o seu conteúdo deixe de ser proveitoso…

De fato, os aspectos relacionados a segurança chamam a atenção, em vista de adotar diversas tecnologias e recursos para garantir a proteção do sistema e seus dados. Projetado com base neste princípio, o sistema oferece criptografia de dados, atualizações automáticas e isolamento (sandboxing) para a proteção contra malwares em geral. Mas, chegar ao ponto de “eliminar a necessidade de softwares anti-vírus”? Menos, Google! Por ser baseado em um kernel Linux, de fato ele é menos suscetíveis a estas pragas digitais, mas não quer dizer que seja totalmente imune. Para este sistema, recomendo o anti-malware ClamAV.

Já em relação aos demais aspectos, não é que eu discorde deles (muito pelo contrário): de fato, concordo plenamente com as reduções de custo em relação ao hardware e ao suporte, bem como a eliminação do desperdício (já que não será necessário descartar os equipamentos). Porém, os aspectos relacionados a familiaridade, a produtividade, o gerenciamento e a flexibilidade devem entrar em pauta, pois sabemos que os usuários com cérebro de macaco-aranha “bitolados” a um determinado sistema, dificilmente irão se adaptar a algo novo, pois como diz o velho ditado: “se mudar a cor da grama, o burro morre de fome”

Apesar de tudo, ainda prefiro uma distribuição GNU/Linux “amigável”… &;-D