Há muitos anos, as placas de vídeo passaram a adotar o suporte para a tecnologia Transform and Lighting (T&L), que por sua vez utilizavam exclusivamente as GPUs para realizarem todos os cálculos necessários para renderizar os cenários em 3D. Até então, as CPUs ficavam responsáveis por realizar duas etapas deste processo (transformação e iluminação, daí o nome), ao passo que a GPU realizava as etapas restantes (corte e renderização). Com isto, as CPUs ficavam livres para executar outros processos relacionados a execução de jogos, ao passo que as GPUs passaram a se tornar sobrecarregadas com as tarefas mais pesadas…
“In this article, we’ll take a look at how L3 cache capacity affects gaming performance. More specifically, we’ll be examining AMD’s Zen 3-based Ryzen processors in a “for science” type of feature. This means it’s not necessarily meant as buying advice, though it does align well with several recommendations we’ve made over the past few years. It’s also handy information to be armed with moving forward.”
— by TechSpot.
Desde então, os processadores passaram a ter pouco impacto na performance do sistema durante a execução de jogos e por isto, muitos títulos considerados “exigentes” em termos de hardware, podem ser executados sem maiores problemas em sistemas com CPUs de 4 ou 6 núcleos. Aumentar a quantidade de núcleos até melhora um pouquinho a performance mas em geral, este aumento é praticamente insignificante (exceto para aqueles jogos otimizados para fazer o uso intensivo das CPUs, que são raros hoje em dia). Já em relação a memória cache, bem: descobri que o cenário pode ser bem diferente, dependendo da quantidade!
Steve Walton (editor do portal TechSpot) publicou um belo artigo para desmistificar o conceito de que “quanto mais núcleos, mais performance” (o sistema terá para rodar jogos), em vista de muitos usuários terem publicado análises em prol desta afirmativa, por terem feito upgrade e adotado CPUs multi-nucleares, como é o caso do Core i7-8700K ou até mesmo o Core i9-10900K. O que eles não levaram em conta é que ao trocar estas unidades, eles estavam adquirindo produtos com mais memória cache L3, que por sua vez é a principal responsável pelo aumento de performance do sistema.
Para isto, ele publicou diversos testes de benchmarks, exibindo os resultados de várias unidades que não só se diferenciavam em relação a quantidade de núcleos, como também em relação a quantidade de memória cache L3. Em muitos destes testes, os processadores comparados tinham a mesma quantidade de núcleos e diferentes quantidades de memória cache, como é o caso das séries AMD Ryzen 5 e 7, que por sua vez possuíam 3 modelos com quantidades distintas de cache: 96, 32 e 16 MB. De fato, em alguns testes (mas não em todos) as diferenças de performance entre estas unidades eram bem significantes!
No entanto, os testes que foram realizados com os processadores da Intel (i9-10900K/20MB, i7-10700K/16MB e Core i5-10600K/12MB), que por sua vez possuíam quantidades de núcleos variadas (10, 8 e 6, respectivamente), apresentarem difereças mínimas de performance entre eles, mesmo apesar de terem sido utilizados apenas dois jogos no comparativo (Watch Dogs: Legion e Fórmula 1 2020). Mesmo assim, eles também foram úteis para comprovar (embora de forma imprecisa) de que a quantidade de núcleos não fazem muita diferença.
Então, precisarei rever os meus conceitos? Sim e não… &;-D