Vale à pena adquirir processadores baseados em arquiteturas “antigas”?

Acredito que sim! Ao menos no que concerne ao mercado de CPUs. Nem sempre, o orçamento financeiro irá nos possibilitar adquirir equipamentos e componentes de última geração, mesmo que eles sejam designados para o mercado de entrada. Para variar, a relação custo vs benefícios quase sempre mais vantajosa para o produto da geração anterior (com raras excessões), já que eles tendem a cair de preço ao mesmo tempo em que os novos produtos chegam no mercado, com os preços “sugeridos”

“Before we dive into the specifications, the more appealing thing to talk about here is the choice of platform by the firm since the Zen3+ architecture was previously limited to the mobile series under the Ryzen 6000 and Ryzen 7035 series. However, the new models are compatible with desktops and mobile platforms. This is because these Ryzen APUs will be featured within mid-range Mini PCs which are positioned as a desktop platform.”

— by WCCFTech.

Foi assim que montei os meus PCs desktops: utilizando CPUs como o 486 DX4 de 100 MHz (já existia a linha Intel Pentium), o Intel Pentium MMX de 200 MHz (idem para a linha Intel Pentium II), o Intel Pentium 3 de 800 MHz (Intel Pentium 4) e o AMD Athlon XP 2000 (AMD Athlon 64). Mas todos estes processadores já haviam sido lançados há tempos, quando decidi comprá-los! Mas para a AMD, as arquiteturas “antigas” não só valem à pena sob o ponto de vista dos usuários, como também para os negócios: a empresa “silenciosamente” adicionou ao seu catálogo de produtos, as unidades AMD Ryzen 5 7235H e AMD Ryzen 5 7235HS.

O que elas possuem de especial? Ambas são baseadas na arquitetura AMD Zen 3+ (“Rembrandt R”), possuem 4 núcleos HT (Hyper-Threading) a 3.2 GHz (chegando a 4.2 em modo turbo), além de prover suporte para o soquete AMD AM5 e os módulos de memória RAM DDR5 (2 canais, até 4800 MHz e 64 GB de endereçamento). São tão similares que até mesmo o TDP pertencem a mesma faixa, apesar de serem voltadas para mercados distintos: enquanto que o 7235H é voltado para o uso em PCs desktops, é destravado para o overclock e possui o TDP de 45 Watts, o 7235HS é designado para os dispositivos portáteis, é travado para o overclock e possui um TDP que varia de 35 a 53 Watts. Não há informações relacionadas ao IGP em uso.

Se estas “novas” unidades forem oferecidas a preços bem atrativos (e sem os problemas relacionados a segurança que as CPUs x86 têm sofrido nestes últimos anos), vou levá-las em consideração para a montagem de um futuro PC desktop! Pois além de oferecerem uma boa performance e não consumirem tanta energia (TDP baixo), elas também se destacam por suportarem placas-mães com o atual soquete AMD AM5, que por sua vez me oferece a possibilidade de realizar upgrades, caso seja necessário. Por outro lado, a possível ausência do IGP também se torna um incômodo, já que impossibilitará a construção de PCs ultra-compactos, em vista da necessidade de dispor de uma placa de vídeo dedicada.

Quem sabe, montar até mesmo um modesto PCs capaz de rodar jogos? &;-D