Eis, uma pergunta que (por incrível que pareça) muitos especialistas no assunto não sabem responder! Para a grande maioria dos “entendidos”, quanto melhor a pasta térmica, maior será a sua eficiência para auxiliar no resfriamento da CPU ou GPU (transferindo o calor do chip para a base do cooler). Embora esta afirmação até faça sentido, na prática não é bem assim: em geral, elas tendem a ser muito caras e se forem utilizadas com unidades de baixo a médio consumo (CPUs de 45 a 65 Watts), a relação custo vs benefício não será das melhores…
“Thermal paste is a type of Thermal Interface Material (TIM). Thermal paste (Putty/Grease/Compound) is the primary type of TIM used when it comes to PCs, although sometimes thermal pads are also used. The job of thermal paste is to transfer heat from one component to another. Most of the time, you will see it used on the CPU or GPU to transfer the heat from the chip to the heatsink, so it can then be expelled out of your system.”
— XDA Developers.
Este foi o principal motivo pelo qual gostei do artigo publicado por Ben Enos (escritor do portal XDA Developers), o qual ao invés de cair na tentação de apontar a melhor ou a pior (com base em suas experiências pessoais), trouxe importantes informações técnicas sobre os principais tipos de pastas térmicas disponíveis no mercado. Em destaque, estão as baseadas metal líquido, em cerâmica, em silicone e em carbono. Inclusive, nem sequer sabia que existiam pastas térmicas feitas com compostos à base de diamantes! Enfim, vivendo e aprendendo…
AS pastas que utilizam compostos como diamante e metal líquido, são as que oferecem a melhor condutividade térmica e assim, transferem o calor com mais eficiência que as pastas com compostos de cerâmica e de carbono. Porém, elas são mais caras e se tornam opções viáveis apenas para PCs desktops que adotam CPUs e GPUs de alta performance, que por sua vez tendem a gerar mais calor. Em contrapartida, estaremos bem servidos com as demais opções de pastas para sistemas que não gerem tanto calor. Por fim, lembrem-se que o metal líquido conduz eletricidade e portanto, requer cuidados especiais para a sua aplicação.
Já as pastas térmicas baseadas em silicone, merecem um parágrafo à parte. Existem diferentes tipos que vão desde as mais simples (popularmente chamadas de “pasta branca”) e que não são tão eficientes como as que utilizam compostos de cerâmica e de carbono, como também existem outras mais sofisticadas que além de utilizar o silicone, podem ter nitrato de prata na sua composição. Estas últimas possuem uma maior condutividade térmica (medida em Watts por metro-kelvin) e podem variar de 5 a 12 W/m.K, além de serem um pouco mais caras.
Bons tempos, foram aqueles que trabalhei no campo fazendo serviços de montagem e manutenção de micros! Já fiz intervenções em PCs desktops que apresentavam problemas de sobreaquecimento, justamente pelo fato deles utilizarem pastas térmicas contra-indicadas (especialmente para CPUs com TDPs acima de 95 Watts), bem como aquelas que tiveram a aplicação das pastas feita de forma errada (com excessos e sem o espalhamento adequado). Por fim, também encontrei muitos PCs em que o problema não estava relacionado a pasta térmica em si, mas sim com todo o sistema de arrefecimento do gabinete.
Uma pena que este mercado se encontra saturado e pouco valorizado… &;-D