… como “nativos digitais”, a maioria dos jovens e adolescentes possui poucas habilidades práticas, quando o assunto é digitação! Esta foi a descoberta de um recente relatório do Wall Street Journal, que por sua vez se prontificou a investigar a surpreendente falta de habilidades para a digitação no teclado, tendo como foco a atual geração Z. Nascidos entre o final da década de 90 e até a primeira década deste milênio, os “zoomers” se destacam por já estarem ambientados com as tecnologias digitais desde a infância…
“The report cited data from the US Department of Education, showing that in 2000, a staggering 44 percent of high school graduates took a keyboarding course. By 2019, that number had plummeted to just 2.5 percent. One might assume this is because Gen Z is so adept at typing that formal instruction seems unnecessary. Unfortunately, the reality is quite the opposite. Christine Mueller, a former tech educator in Oklahoma City, witnessed this phenomenon firsthand. While the school district provided laptops to students, it did not teach them how to type efficiently…”
— by TechSpot.
Apesar da boa desenvoltura com o uso de diferentes tipos de computadores (dos PCs desktops tradicionais aos badalados smartphones), os zoomers não só não conseguem obter uma boa performance quando o assunto é digitação, como também nem sequer dão importância para esta importante habilidade! Tal afirmação é baseada nos dados do Departamento de Educação dos EUA, citado pelo relatório em questão: no início do milênio (2000), 44% dos estudantes que se formaram no ensino médio fizeram um curso de digitação e apresentaram uma boa performance geral. Quase dois séculos depois (2019), apenas 2,5% fizeram o mesmo curso.
Christine Mueller (ex-educadora de tecnologia em Oklahoma City), testemunhou este fenômeno em primeira mão, ao se dar conta de que embora o distrito escolar fornecesse portáteis para os estudantes, eles não os ensinavam a digitar com eficiência. Por isto, ela resolveu promover uma competição baseada nos moldes dos tradicionais concursos de soletração, para promover e incentivar a prática de digitação. E os resultados obtidos, foram reveladores: o estudante mais rápido atingiu impressionantes marca de 91 PPM (palavras por minuto), enquanto a velocidade média dos estudantes da quarta série evoluiu de 13 para 25 PPM.
O principal motivo pelo qual se atribui a baixa eficiência e o desinteresse pelas boas práticas de digitação, está no fato de que muitos acreditam que o treinamento em questão é desnecessário, em vista desta geração possuir uma boa desenvoltura com a Tecnologia. Eles também presumem que os estudantes irão adquirir esta habilidade naturalmente, por estarem habituados a utilizar computadores. Por fim, muitos deles preferem os tablets & smartphones ao invés das estações tradicionais, o que inibe ainda mais o uso (correto) do teclado físico.
Nos cursos de Informática Fundamental (e outros do gênero) que leciono, uma das primeiras coisas que costumo fazer é justamente treinar a prática de digitação, utilizando para isto um simples bloco de notas. E dependendo da disponibilidade de tempo, aproveito a oportunidade para apresentar algumas ferramentas online, as quais não só oferecem treinamentos gratuitos como também alguns jogos e competições, para tornar a prática de digitação mais divertida e agradável. O sucesso é enorme, a ponto deles mesmo fazerem os treinamentos por conta própria!
Eu mesmo já havia feito um curso de datilografia, há muitos anos… &;-D
Passei também por diversas escalas do aprendizado desta arte: das teclas duras e dos barulhos de tipos batendo no papel e da campainha que assinalava o fim da margem nas máquinas de escrever, até o aplicativo Lisias Rapid no finado curso de informática básica da extinta JFW.
Eita! E eu, achando que minhas estórias são “tristes”… &;-D