Parceria entre a Intel e a AWS resultará em CPUs Xeon customizadas!

Instâncias de máquinas virtuais (VMs), sejam elas oferecidas e hospedadas por provedores de serviços “nas nuvens” como Amazon Web Services (AWS), Microsoft Azure ou Google Cloud Platform (GCP), são todas iguais (mesmo tendo as mesmas especificações técnicas definidas de forma “parecidas”)? Acredito que não! Pois “debaixo do capô” das infraestruturas providas por estes provedores, existe uma série de tecnologias e implementações adotadas que a tornam únicas! No caso da Amazon, sempre tive a curiosidade em saber o quanto ela é poderosa e eficiente, já que a empresa adota uma arquitetura de processadores própria…

“Intel Corp. (INTC) and Amazon Web Services. Inc. (AWS), an Amazon.com company (NASDAQ: AMZN), today announced a co-investment in custom chip designs under a multi-year, multi-billion-dollar framework covering product and wafers from Intel. This is a significant expansion of the two companies’ longstanding strategic collaboration to help customers power virtually any workload and accelerate the performance of artificial intelligence (AI) applications.”

— by Intel Press Release.

A Amazon lançou há alguns anos, a sua unidade de processamento AWS Graviton, com o objetivo de atender as demandas da sua poderosa infraestrutura, além de atender as necessidades dos clientes que fazem o uso dos serviços oferecidos pela AWS. O Google também fez o mesmo e lançou a sua CPU Axion, ao passo que a Microsoft está um pouco atrás das duas, pois ainda irá lançar a primeira geração de CPUs Azure Cobalt 100. E o que todas elas possuem em comum? São baseadas no set de instruções ARM e utilizam a arquitetura ARM Neoverse, para entregar a máxima performance e o mínimo de consumo de energia!

Apesar da “preferência” em utilizar as suas próprias soluções, tais empresas também adotam as CPUs x86 voltadas para o uso em datacenters, como é o caso da Intel (Xeon) e da AMD (EPYC). No caso da AWS, a Intel anunciou uma colaboração mútua entre ambas as empresas, para promover o design de chips personalizados e assim, “ajudar os clientes a potencializar praticamente qualquer carga de trabalho e acelerar o desempenho de aplicativos que fazem o uso de Inteligência Artificial (IA)”. De acordo com a Intel, ela ficará responsável pela produção destes chips para a AWS, utilizando a sua litografia Intel 18A, a qual atualmente a mais avançada da empresa. Ela também irá produzir chips Xeon 6 personalizado com base na litografia Intel 3, conforme a parceria já estabelecida para entregar processadores Xeon Scalable para AWS.

De quebra, esta parceria também irá promover todo o ecossistema de fabricação de semicondutores & IA situado nos Estados Unidos (EUA), já que a região de Nova Albânia (Ohio) irá continuar sendo beneficiada com os investimentos feitos por ambas as empresas: da parte da Intel, no que concerne a fábricas para a produção de chips; ja parte da AWS, em relação a expansão dos serviços “nas nuvens” oferecidos pela empresa. No geral, tanto a Intel quanto a AWS possuem um relacionamento de +18 anos, dedicados para promover o desenvolvimento de toda a infraestrutura necessária para a computação em nuvens. Por isto, existe a expectativa de que elas irão explorar o potencial de outros designs a serem produzidos pela Intel com base no Intel 18A e futuros nós de processo (além do Intel 18AP, também o Intel 14A), os quais devem ser produzidos nas instalações da Intel em Ohio.

Resumindo: a AWS irá contar com o que há de melhor entre os dois mundos… &;-D

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