… pela Microsoft? Embora seja apaixonado pelo Software Livre e todo o ecossistema de softwares que se formou em torno do kernel Linux, não há como deixar de reconhecer os méritos dos sistemas operacionais “alternativos” (sob o ponto de vista de um linuxer), como é o caso do macOS e até mesmo do próprio Windows. A partir do momento em que a Microsoft passou a promover atualizações regulares para as edições mais recentes, cheguei a pensar que desta vez, os problemas do Windows finalmente iriam acabar! Mas pelo visto, estava enganado…
O Windows 11 até me agradou pela consistência da sua interface, além de uma aparência mais limpa. Mas como diz o velho ditado, “por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento”! Além de ter percebido algumas decisões equivocadas em relação a usabilidade e a facilidade de uso, tenho notado uma série de problemas indesejados, que acabaram tornando o atual sistema da Microsoft o mais irritante que já havia utilizado até então. Acreditem ou não, Preferiria usar o Windows 8 ou até mesmo o Windows Vista no seu lugar! Exceto, o Windows ME…
A começar pela usabilidade, adoraria entender o motivo pelo qual a opção para encerrar a seção do usuário é mantida de forma “escondida”, ao invés de estar facilmente acessível a partir do Menu Iniciar ou até mesmo ao acionar o botão desligar. Além da inconveniência de ter que realizar alguns cliques a mais, o fato desta opção não estar tão acessível o quanto deveria acaba “forçando” os usuários a se manterem logados, o que também pode trazer alguns inconvenientes em relação a segurança. Ou vai ver, este é justamente a intenção da empresa.
Além disso, continuo tendo pequenos problemas técnicos que, apesar de não trazerem grandes impactos negativos para o sistema, acabam afetando as experiências de uso. O relógio apresenta problemas para sincronizar as horas, em vista da incapacidade de acertar o fuso-horário (está sempre 3 horas adiantado e não adianta realizar quaisquer ajustes) e o idioma do teclado está sempre definido por padrão para a língua local, mesmo já tendo feito as alterações necessárias para ajustá-lo (uso um teclado mecânico americano), sem contar ainda que a barra de tarefas congela ao acionar o ícone da sua configuração.
Para variar, ele também excede no uso de recursos computacionais e apresenta até mesmo uma certa lentidão, se comparado com uma boa distro GNU/Linux. A ventoinha do sistema de refrigeração do PC é acionada com mais frequência, causando ruídos que incomodam bastante (em vista da sua intensidade). Se utilizarmos aplicações que exijam uma certa carga de processamento (como é o caso do simulador de redes Packet Tracer e da ferramenta de virtualização VirtualBox), alguns travamentos e reinicializações também poderão acontecer. Como havia dito anteriormente, esses problemas praticamente não acontecem no uso do Debian Linux (minha distro).
Por fim, alguns serviços são ativos por padrão, como o OneDrive. Se não houver uma subscrição ativa, uma série de notificações irritantes relacionadas ao “backup inexistente” ou “falta de espaço no drive virtual” são exibidas, o que acaba se tornando inconvenientes quando estamos realizando tarefas que exigem concentração. Para variar, não posso simplesmente desativá-lo, em vista da necessidade de manter o sistema o mais “original de fábrica”, já que o utilizo para lecionar sobre os seus fundamentos em sessões online. Por ser forçado a manter uma assinatura do Office 365, as notificações sobre o espaço não têm sido exibidas.
O que mais posso dizer? A solução será aguardar mais uma nova edição do Windows? Pois já vimos esse filme (e o veremos novamente): o novo sistema virá para resolver os problemas das edições anteriores e de quebra, trazer novos problemas para lidarmos! Seja como for, o que mais me deixa impressionado não são as falhas recorrentes para cada edição lançada e sim, o fato de que os usuários simplesmente já se conformaram com esta realidade. Para variar, apesar das atualizações regulares resolverem os problemas, elas também acabam trazendo novos problemas e o ciclo de reinicia. E pelo visto, isto parece não ter fim.
Ao menos, não faltará trabalho para os técnicos de manutenção e suporte… &;-D