Nem preciso dizer o quanto a Computação nas Nuvens, mudou de forma radical a maneira com que lidamos com a infraestrutura e os serviços oferecidos por ela. Dentre os modelos de serviços oferecidos por ela, estão a SaaS (Software as a Service), a PaaS (Platform as a Service) e a IaaS (Infraestructure as a Service). Esta última por sua vez, define como os recursos de infraestrutura poderão ser utilizados, implementados e comercializados, através das tradicionais subscrições. Dentre eles, as redes de computadores…
“NaaS is a technology oasis for small to mid-sized companies that lack the resources and personnel to run an enterprise-class network. Instead, SMBs can subscribe to an outsourced service that comes with resident network expertise and can configure the network to do whatever the company needs it to do. When companies subscribe to a NaaS service, the NaaS network can be upscaled or downscaled as needed. You pay only for what you need, and you don’t have to worry about large capital expenditures making their way through three-to-five-year depreciation cycles.”
— by Network Computing.
A NaaS (Network as a Service) é uma espécie de sub-modelo dentro do contexto da IaaS, a qual promove o provisionamento dos recursos, tecnologias e serviços relacionados a infraestrutura de redes de computadores, para que as empresas em geral (independente do seu porte) possam dispor de uma rede virtual de classe empresarial para atender as suas necessidades, que por sua vez não seria possível manter por conta própria (seja por questões financeiras e/ou administrativas). Tal como os demais serviços “nas nuvens”, os clientes poderão assinar uma subscrição para usufruir dos recursos oferecidos por ela, pagando apenas uma fração do valor que teriam que bancar por uma rede tradicional.
No entanto, estas novas abordagens também possuem as suas particularidades que, apesar de oferecerem muitas vantagens e benefícios, também podem trazem alguns desafios e limitações quanto aos aspectos relacionados ao design, a implantação, a administração, ao monitoramento e a segurança, além dos habituais receios e temores. Mary E. Shacklett (editor do portal Network Computing) publicou as suas impressões sobre o tema com base em suas experiências pessoais, além de destacar tópicos importantes como o controle da rede, os riscos de segurança, os custos de mudança e transição e as dificuldades para o desenvolvimento de aplicações.
Segundo Shacklett, os clientes que optam pelas subscrições NaaS, não possuem tanto poder de ação e de tomada de decisão, se comparado com o que eles teriam nas redes tradicionais, além de estarem limitados aos termos de SLA determinados pelo fornecedor (os quais podem não atender bem as suas necessidades). O controle geral da rede é mais limitado, elas são mais suscetíveis aos riscos de segurança (como todo serviço na nuvem), os seus custos não tão mensuráveis para mudanças e transições e o desenvolvimento de aplicações que irão rodar na rede pode se tornar mais complexo, especialmente para as empresas de médio e grande porte que exigem mais flexibilidade e possuem equipes de profissionais qualificadas.
Mesmo assim, as vantagens acabam suplantando os desafios e as limitações das redes como serviço, destacando-se a capacidade de realizar failovers de forma mais rápida e transparente, além de terem mais ágeis, escaláveis e econômicas, capazes de acompanhar melhor o ecossistema digital que está em constante evolução, se comparado com as redes tradicionais. Por isto, não me surpreende saber que entre agora e 2031, o mercado de NaaS está projetado para crescer a uma taxa de mais de 31%, conforme os cálculos baseados no indicador CAGR (Taxa de Crescimento Anual Composta). Resumindo: as redes como serviço vieram para ficar e como especialistas de TI (infraestrutura), teremos que nos aperfeiçoar!
E lá vamos nos, (re)ver as nossas programações para este novo ano… &;-D