Observações acerca do mundo que nos envolve são inevitáveis para os indivíduos que nele, querem se ajustar. E como não sou diferente de ninguém, também não deixo de fazer minhas observações, especialmente quanto aos aspectos comportamentais de muitos amigos nerds e entusiastas…
Por exemplo, vejo que a grande maioria deles gostam de filmes de ação, séries animadas, quadrinhos e coisas do gênero, tendo seus super-heróis preferidos, que vão de desenhos orientais e animes japoneses a super-heróis americanos. Não raro, filmes de grande bilheteria e super-produções são baseados em desenhos bastante populares, como os X-Men.
Até mesmo certas personagens de desenhos animados, que não são exatamente heróis clássicos, são cultuados pelo nerds e aficionados! Quem é que nunca admirou ou se divertiu com as peripécias do Taz? Ou ainda, teve a vontade de “dominar o mundo”, como o Pink e o Cérebro? Piu-piu e Hello Kity, eis as personagens preferidas das mulheres!
O interessante é que nunca gostei muito de super-heróis e nem sou muito fã deste perfil e seus padrões de comportamento. Confesso que em minha infância, já assisti muito SuperMan, Transformers, Thunder Cats, Jaspion, Rambo e Changeman, entre outros; mas, logo que a adolescência chegou, meus interesses passaram a ser outros (e bem interessantes)! 😉
Mas por ironia, já na idade adulta, passei a me interessar por um herói envolvente e bem diferenciado em termos de comportamento, moralidade e ética, virtudes encontradas nos padrões tradicionais dos super-heróis. Para aqueles que me conhecem, peço para rolagem devagar a barra vertical do seu navegador preferido e tentarem advinhar quem seria. Vamos lá, vai ser divertido! Garanto que poucos saberão a resposta…
Quem pensou em Zorro, o cavalheiro mascarado, “acertô mizerávi”! Zorro é o alter-ego da personagem Diego de La Vega, um jovem membro da aristocracia californiana no início do séc. XIX, quando a região ainda estava sob os domínios da Coroa Espanhola.
Inspirado em antigas histórias e lendas baseadas em um movimento conhecido como banditismo social, a personagem de ficção Zorro foi criada pelo escritor Johnston McCulley, aparecendo pela primeira vez em 1919, através da obra “A Maldição de Capistrano” (que posteriormente se tornou o romance “A Marca do Zorro”). Há quem diga que personagens reais, como Joaquim Murietta e William Lamport, que por sua vez viveram em épocas diferentes, foram as referências para a criação sintetizada de Zorro. De onde ele tirou o Diego de La Vega, não sei dizer…
Continuando a “ironia”, até antes do lançamento do primeiro filme estrelados por Antônio Bandeiras, Catherine Zeta Jones e Antony Hopkins, jamais havia tido qualquer contato com alguma produção qualquer sobre o herói mascarado, embora eu já tivesse conhecimento de sua existência desde a infância. Mesmo a famosíssima série da Disney estrelada por Guy Williams, a assisti tempos depois de ter visto as versões cinematográficas: à esta altura, eu já havia me tornado um fã incondicional.
Depois de conhecer o herói e suas aventuras, não fiquei satisfeito em assistir apenas os filmes, seriados e novelas disponíveis: comprei também o livro “Zorro: o começo da lenda”, escrito pela jornalista e escritora chilena Isabel Allende. Já conhecia o excelente filme “A casa dos espíritos”, baseado em seu romance e tão logo soube que haveria uma publicação de sua autoria sobre o mascarado, não pensei duas vezes. “Comprei-o-ô”!
A infância e juventude do jovem e maroto Diego foi intensa, cheia de vida e de interessantes experiências! Conheceu e participou de tradições indígenas, estudou na efervescente Espanha em plena época da invasão Napoleônica, se apaixonou pela filha de um comerciante, aprendeu truques com ciganos, viajou entre marinheiros, lutou e foi capturado por piratas… ufa! Se não fosse pela ajuda de seu astuto e inseparável amigo Bernardo, não saberia o que seria dele!
Novela? Isso mesmo, até uma novela sobre o nosso herói foi produzida! Intitulada “Zorro: a Espada e a Rosa”, foi uma superprodução colombiana patrocinada pela emissora de televisão Telemundo em parceria com a Sony Pictures Entertainment. Participaram desta produção, vários atores sul-americanos consagrados de diferentes nacionalidades, com destaque para os protagonistas Christian Meier (Peru) e Marlene Favela (México). À excessão do tradicional “dramalhão mexicano”, foi uma novela muito boa de assistir.
Porquê considero o Zorro “diferenciado”? Simples: Zorro é zombeteiro, fanfarrão, audacioso e cortejador e só se mete em confusões, bem diferente dos tipos “certinhos” ou “políticamente corretos”, como são os demais super-heróis tradicionais, tais como os conhecemos. Inclusive, muitas de suas cenas são simplesmente… hilárias!
Ufa, vou parando por aqui! Embora o assunto tenha saído um pouco da área de Informática & Tecnologia, achei interessante postar algumas impressões pessoais sobre o assunto, visto que praticamente não conheço nenhum colega de profissão que não tenha se entusiasmado com os seus heróis de infância, já na idade adulta. Se bem que, para mim, Zorro não foi bem um típico “herói de minha infância” (apesar de ter curtido bastante o seriado da Disney)…
E aí, nerds de plantão, quais são os seus heróis preferidos? &;-D