Há um tempo atrás, iniciei os meus estudos para obter as bases essenciais para dominar os fundamentos da linguagem de programação Python, com o objetivo de atender aos requisitos para obter a certificação Cisco CCNA DevNet. Me cadastrei em um curso gratuito oferecido pela plataforma Cisco Networking Academy (Netacad), mas em vista da necessidade de atender a outras prioridades e demandas, acabei deixando-o de lado (e adiando por várias vezes). Mas, como terei algumas semanas livres na minha agenda pessoal (se até lá, não aparecerem outros “pepinos”), este será o momento ideal para voltar aos estudos…
Como já havia mencionado anteriormente (após a conquista da certificação CCNA CyberOps), a próxima parada será a certificação CCNA DevNet. Para isto, será necessário me aprofundar em uma série de domínios, conforme a descrição dos tópicos exigidos para o exame DEVASC 200-901. Se não bastasse “falar pythonês”, precisarei conhecer as metodologias e práticas empregadas (DevOps, Agile/Lean, etc), lidar com as ferramentas voltadas para controle de versionamento (Git/GitHub), utilizar bibliotecas, APIs e SDKs para desenvolver códigos, protocolos e serviços voltados para a orquestração e automação, entre outros requisitos.
Voltando a programação, ao menos não precisarei me preocupar (muito) com os desafios e as dificuldades referentes ao aperfeiçoamento das habilidades, já que iniciei a minha carreira justamente com o objetivo de se tornar um desenvolvedor de software. Na época em que “fiz a minha faculdade” (não no sentido literal), já tinha uma boa base de linguagens de programação como BASIC, Pascal, C/C++ e Java. No entanto, acabei perdendo o encanto por esta área de atuação, justamente em vista das questões relacionadas a gestão de softwares e projetos, que na época ainda não possuía as metodologias modernas que temos atualmente.
Apesar de ter optado por atuar em infraestrutura ao invés de desenvolvimento, ainda gosto muito de programar e em virtude das exigências das Redes Definidas por Software (em dominar os fundamentos de uma linguagem de programação), terei um belo “pretexto” para dar uma atenção especial ao Python, que por sua vez se tornou o principal nome do mercado, segundo as estatísticas mais recentes. Ela me conquistou em vista da sua simplicidade, facilidade de aprendizado, clareza de código e ampla adoção, sem contar ainda o fato de ser regida pelos princípios do Software Livre (apesar de não adotar a licença GNU GPL).
Por fim, ainda tenho que lidar com os aspectos relacionados a filosofia e cultura da profissão: diferente dos especialistas em infraestrutura, em geral os desenvolvedores possuem a sua maneira própria de pensar e racionalizar, que por sua vez influencia bastante nas dinâmicas de trabalho e forma de lidar com os desafios e problemas em geral. Se fosse traçarmos um comparativo com o futebol, poderíamos dizer que tais diferenças são equivalentes a jogadores que atuam em diferentes posições em um time, como o meio-campo (que necessita ser mais construtivo e orquestrado) e o ataque (que necessita ser mais rápido e decisivo). Mas acredito que até lá, saberei lidar com essas “nuances”…
Ao menos, não precisarei me preocupar com os requisitos de redes… &;-D