Apple iPhone SE: será que um dia, iremos ver o fim da linha de…

… smartphones acessíveis da Apple? Quando a empresa lançou o seu o primeiro iPhone SE (2016), ele tinha como objetivo atender a três importantes requisitos: dispor de uma tela menor para atender aos seus usuários (os quais não desejavam aparelhos com telas grandes), reaproveitar os componentes produzidos para a geração anterior (especialmente a carcaça e os módulos de câmera) e claro, oferecer um aparelho mais acessível para os usuários menos afortunados. E desde então, os três primeiros aparelhos alcançaram um bom sucesso comercial…

No entanto, acredito que eles em breve serão encerrados ou ainda, sofrerem profundas reformulações que o tornarão qualquer coisa, menos os dispositivos acessíveis e compactos que conhecemos! A começar pelos modelos de segunda geração (2020), eles nasceram na mesma época em que a empresa lançou a linha de smartphones iPhone 12 Mini (2020). Apesar das edições Mini se situarem em uma faixa de preço bem acima (+200 dólares) e entregarem mais recursos tecnológicos que o “modesto” iPhone SE 2, os valores mais em conta e a boa qualidade geral das edições SE acabaram se tornando preponderantes, nesta disputa entre eles.

O mesmo se deu em relação a terceira geração de smartphones iPhone SE (2022), a qual veio depois do iPhone 13 Mini (2023) e por isto, adotava especificações técnicas mais equilibradas, destacando-se o uso do mesmo SoC Apple Bionic A15. Se já não bastasse a competição com a linha de smartphones mais acessíveis da empresa, as principais linhas de smartphones eram dotadas de telas maiores e por isto, se tornaram as preferidas por parte dos usuários, já que a diferença de preço também era relativamente pequena (799 vs 699 dólares). Por fim, muitos aparelhos acabavam tendo o seu preço inflado, em vista da produção reduzida e busca por parte de entusiastas por aparelhos pequenos. No final das contas, a Apple decidiu encerrar as edições Mini e manter apenas as edições SE.

Mas a partir da quarta geração, prevista para ser lançada ainda este ano (2024), os iPhones SE terão algumas mudanças significativas que o tornarão mais próximos dos tradicionais iPhones da linha principal. Contrariando as expectativas, eles irão adotar a mesma tela LCD de 6.1″, além da carcaça utilizada pelo “antigo” iPhone 14 (ao invés das caracaças compactas utilizadas nas edições Mini). Tal como aconteceu na edição anterior, o novo dispositivo acessível adotará um SoC mais moderno (Apple Bionic A18) e terá à disposição 8 GB de memória RAM, além de uma potente GPU de 5 núcleos). Tal como os demais modelos SE, o conjunto da câmera continuará sendo mais simples (por questões de redução de custo), adotando um único módulo de 48 MP. Por fim, o seu preço comercial será de “apenas” US$ 499.

Dadas as suas características e particularidades, está claro que o novo iPhone SE poderá “competir” diretamente com os iPhones da linha principal de aparelhos da empresa, ainda que apresente especificações técnicas abaixo (embora mantenha o baixo custo). Mas diferentemente dos eventos anteriores, os iPhones tradicionais gozam de boas vendas e (até onde eu saiba) são considerados o carro-chefe da empresa, por estabelecerem um bom equilíbrio de oferta de recursos tecnológicos e preço final, se comparado com os aparelhos da linha Pro. Se isto de fato acontecer, acredito que desta vez serão os iPhones SE que irão perder o seu espaço e posteriormente serão cancelados, em um futuro não muito distante!

Comprei um iPhone 12 tradicional, em vista de uma promoção “imperdível” que surgiu na Amazon, mas confesso que me arrependi muito por esta aquisição. Apesar do aparelho entregar tudo aquilo o que promete (e mais um pouco), não consegui me adaptar ao uso de telas grandes e por isto, sinto um enorme desconforto para manuseá-lo. Abri mão do iPhone SE 3 porque na época, ele estava custando bem mais caro. O mesmo se dava em relação as edições Mini, as quais me deixaram a impressão de terem sido valorizadas, após a Apple anunciar que não iria mais fabricar dispositivos dotados de telas pequena. Enfim: vou ter que continuar com ele por mais 2 ou 3 anos, para fazer valer o investimento feito.

Mas uma coisa é (quase) certa: este será o último iPhone que usarei… &;-D

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